Em entrevista concedida para a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, divulgada nesta terça-feira (27), o ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, afirmou que tem a ‘bala de prata’ para 2026 e que se for declarado inelegível por meio do julgamento em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele já tem alguém apto para indicar e concorrer com seu apoio para a Presidência da República.
A ação no TSE foi instaurada a pedido do PDT sobre um encontro entre o ex-chefe do Planalto com embaixadores, convocada durante o pleito eleitoral do ano passado. Na ocasião, Bolsonaro colocou em xeque a segurança do sistema eleitoral brasileiro. No entanto, ele nega o feito.
“Eu não ataquei o sistema eleitoral. Eu mostrei como é o sistema eleitoral. Eu perguntei ‘alguém tem esse sistema no seu país’? Não tem. A Alemanha já adotou. E depois viu que não era confiável. E querem me punir também pelo conjunto da obra”, declarou.
Na entrevista para a colunista, Bolsonaro admitiu que pode ficar inelegível, mas que, mesmo que fique fora da urna, pretende seguir com a vida política.
“Eu não vou me desesperar. O que que eu posso fazer? Eu sou imbrochável até que se prove o contrário. Vou continuar fazendo a minha parte”, afirmou.
Quando fala em seguir a vida política, diz que é o “ex mais amado do Brasil”: “É um negócio que eu fico até… sai lágrimas dos meus olhos como o pessoal gosta de mim”. Bolsonaro também tece elogios à esposa, Michelle, e afirma que se ela quiser ser candidata, pode ser, mas que não tem “experiência para isso.”
Quanto a sair com outro nome, caso se torne inelegível, o ex-presidente disse: “Eu tenho a bala de prata, mas não vou te dizer, para você não ficar perturbando, no bom sentido. Eu tenho a bala de prata, mas não vou revelar”.
Ainda sobre a decisão do TSE, Bolsonaro opinou que com “um julgamento justo”, será “absolvido por unanimidade”. Mas caso o resultado seja o oposto do esperado por ele, poderá ir para os Estados Unidos, pois foi convidado para ser “garoto propaganda” do país.
“Mas eu não quero abandonar meu país. Tenho parentes aqui. Tenho uma filha aqui. Se eu for, vai a família toda embora. Mas mesmo assim. Eu fiquei três meses lá –e não tem terra igual à nossa aqui. Esse clima aqui de, quando está no bolo, fala besteira, conta piada de tudo que posso imaginar. É bacana. Lá você não tem muito isso aí”, explicou.
Com informações do portal Terra
Foto: Reprodução/Google Imagens
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