O inquérito sobre a suposta interferência do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no comando da Polícia Federal teve seu prazo prorrogado nesta sexta (7) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
O despacho de Moraes estendeu por mais 90 dias o prazo do inquérito que foi aberto em abril de 2020 após declarações do ex-juiz Sergio Moro, que ao se demitir do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, naquele ano, acusou Bolsonaro de tentar interferir na PF por meio da troca do diretor-geral da instituição.
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no artigo 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de janeiro de 2022), o presente inquérito”, decidiu o ministro.
O inquérito é a primeira das cinco investigações contra Bolsonaro no exercício do mandato que ele responde no STF e no Tribunal Superior Eleitoral.
Jair Bolsonaro tentou de todas as formas escapar do inquérito chegando até mesmo a retardar o seu depoimento solicitado pelo STF. Na ocasião, ele acusou o ex-ministro Moro de ter pedido para ser indicado à vaga no Supremo para que Bolsonaro pudesse nomear Alexandre Ramagem como diretor-geral da PF em 2020.
Após a conclusão das investigações, o inquérito seguirá para a PGR que vai decidir se denuncia ou não Jair Bolsonaro.
Foto: Marcelo Casal Jr/Ag. Brasil