O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perguntou se o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gostaria de ser seu candidato a vice em 2026. O ‘convite’ foi feito em um momento de descontração durante o interrogatório dos acusados de participar de uma trama golpista para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2023.
Inelegível, Bolsonaro fez a pergunta quando falava sobre o “apoio” recebido nas ruas. “Eu vou para o Nordeste semana que vem. Se o senhor me permitir, logicamente, posso mandar as imagens para o senhor de como o povo me trata a gente na rua”, disse o ex-presidente. “Eu declino”, respondeu Moraes.
“Posso fazer uma brincadeira?”, pergunta Bolsonaro em seguida. “O senhor que sabe. Eu perguntaria a seus advogados (riso)”, responde Moraes. Sem consultar os advogados, o ex-presidente faz o convite para o ministro ser seu vice: “Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 26 (risos)”. Moraes não aceita: “Eu declino novamente”.
Pedido de desculpas
Questionado também sobre acusações feitas à Justiça Eleitoral durante reunião ministerial gravada em 5 de janeiro de 2022, o ex-presidente confirmou não ter provas e disse que falas se tratavam de um “desabafo”. Bolsonaro acusou os ministros Luiz Fachin, Luiz Roberto Barroso e o próprio Moraes de receberem US$ 50 milhões (cerca de R$ 278,38 mi) para fraudar as eleições.
“Não tinha indícios nenhum, senhor ministro. Tanto que era uma reunião pra não ser gravada. Era um desabafo, uma retórica que usei. Se fossem outros três ocupando [o STF], eu teria falado as mesmas coisas. Então me desculpe, não tinha a intenção de acusar de qualquer desvio de conduta dos senhores três”, afirmou o ex-presidente.
Foto: Fellipe Sampaio/STF
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