José Fernando Vilela Depois de um longo período sem partido, o presidente da República, Jair Bolsonaro, se filiou nesta terça (30) ao Partido Liberal (PL), comandado por Valdemar Costa Neto. Diante de uma plateia de aliados e de líderes de outras legendas, Bolsonaro assinou a ficha de filiação e de quebra também filiou o filho, senador Flávio Bolsonaro (RJ) e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ex-PSDB.
Na abertura do evento, Valdemar Costa Neto corrigiu o cerimonial e pediu que tocassem o hino nacional demonstrando que está em sintonia com o presidente Bolsonaro que gosta desse momento cívico.
Em seguida, o senador Jorginho Mello, do PL-SC, falou como representante dos parlamentares do Congresso. Jorginho destacou que quando a legenda foi fundada, em 1985, eles convocaram a população a lutar pelas reformas administrativa, social, política e também do judiciário no País, que são pautas, segundo o senador, que estão sendo debatidas pelo parlamento brasileiro somente agora com o governo Bolsonaro. “O PL nunca esteve tão pronto para te receber”, enfatizou o parlamentar.
Boas vindas
Valdemar Costa Neto exaltou o atual momento em que o partido está passando. O dirigente disse que a legenda hoje ocupa um lugar de destaque, mas que “faltava um nome que representasse o nosso projeto para o Brasil”. Valdemar elogiou a gestão do presidente e elencou os principais feitos do novo filiado no período de pandemia.
“Senhor presidente, temos a noção exata da nossa responsabilidade ao empunhar as bandeiras de sua obra à frente de um governo que nunca se intimidou. Este é o Brasil que também está sendo construído. Este é o Brasil, que juntos, vamos abraçar para prosperar. Presidente Bolsonaro, seja bem-vindo ao 22. Seja bem-vindo ao Partido Liberal”, comemorou o presidente nacional do PL.
Antes de assinar a ficha de filiação, o presidente Jair Bolsonaro disse que se “sentia em casa” ao avistar na plateia um número bem significativo de parlamentares. “Vocês me trazem lembranças agradáveis, lembranças de luta”, declarou. “Eu vim do meio de vocês”, reconheceu.
Casamento
Bolsonaro, que já foi do PP, revelou que dada essa aproximação com o Centrão, ele teve dificuldades para se decidir quanto a filiar-se ao PL. “Confesso, prezado Valdemar, a decisão não foi fácil”, disse o presidente. “Uma filiação é como um casamento. Não seremos marido e mulher, seremos uma família”, destacou com um leve sorriso e comentou que o senador Ciro Nogueira, do PP-AL, que é seu ministro da Casa Civil e presidente licenciado do PP também o cortejou.
O presidente aproveitou a ocasião para falar sobre a possível candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao governo de São Paulo que foi um dos entraves que impediram a filiação ser feita no dia 22 deste mês, como previsto inicialmente. Tarcísio pode estar a caminho do PL nos próximos dias.
“Quero deixar bem claro que, eu e o Valdemar, não seremos pessoas que vão decidir certas coisas sozinhos. Em grande parte, a nossa visão vai passar por vocês. Nós queremos compor e com essa composição fazer o melhor para o Brasil”, explicou Bolsonaro.
Após seu discurso, Bolsonaro assinou a ficha de filiação e na sequência seu filho ‘01’, senador Flávio Bolsonaro e o ministro do MDR, Rogério Marinho também se filiaram ao PL. Flávio fez um discurso onde lembrou que o grupo de seu pai fora traído, mas que a traição fez bem, pois agora estavam no PL.
A cerimônia contou com a presença do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), diversos ministros, senadores e deputados. Aqui do DF estavam presentes, a ministra, deputada e presidente do PL local, Flávia Arruda, as deputadas Celina Leão (PP) e Bia Kicis (PSL), os distritais Daniel Donizet (PL) e Roosevelt Vilela (PSB), a ex-primeira-dama e viúva do ex-governador Roriz, dona Weslian, o ex-vice-governador, Benedito Domingos, entre outros.
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