O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (27) a prisão domiciliar de todos os condenados no processo da trama golpista. A decisão ocorre após a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), capturado na sexta-feira (26) no Paraguai, o que levou o magistrado a apontar “risco concreto de fuga”.
A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão domiciliar em ao menos oito estados — Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Goiás, Bahia e Tocantins — além do Distrito Federal.
Em todos os casos, Moraes determinou monitoramento eletrônico, além de restrições como proibição de uso de redes sociais, vedação de contato entre investigados, entrega de passaportes, proibição de saída do país, suspensão do porte de armas e limitação de visitas, restritas a advogados e pessoas autorizadas pelo STF.
Entre os alvos está Filipe Martins, ex-assessor especial do então presidente Jair Bolsonaro. A defesa confirmou a decisão, mas informou que não teve acesso ao teor do despacho. Agentes da PF estiveram na residência de Martins, em Ponta Grossa (PR), para notificá-lo da proibição de deixar o imóvel.
Martins já cumpria medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, mas tinha autorização para sair durante o dia. Ele foi condenado a 21 anos de prisão por integrar o núcleo 2 da trama golpista, julgado em 16 de dezembro. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Martins foi responsável por apresentar ao ex-presidente a chamada minuta do golpe, além de promover alterações no texto.
Também condenada no núcleo 2, Marília Alencar, ex-chefe de inteligência do Ministério da Justiça, recebeu pena de oito anos e seis meses de prisão. De acordo com a acusação, ela solicitou o mapeamento de votos do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno das eleições, usado como base para blitz da PRF em regiões onde Lula venceu.
No núcleo 3, que apurou o plano de assassinato de autoridades, Bernardo Romão e Sérgio Medeiros foram condenados a 17 anos de prisão, enquanto Fabrício Moreira recebeu pena de 16 anos.
Já o núcleo 4, conhecido como núcleo da desinformação, inclui Carlos Moretzsohn, Ailton Gonçalves, Giancarlo Rodrigues, Guilherme Marques e Ângelo Denicoli. Denicoli foi condenado a 17 anos de prisão, Giancarlo a 14 anos, Gonçalves e Marques a 13 anos e seis meses, e Moretzsohn a sete anos e seis meses, em regime semiaberto.
Foto/Arte: Desenvolvida por IA
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