Políticos do DF e outros estados brasileiros aguardam uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de ter candidaturas avulsas ao Senado nas eleições deste ano. Os ministros da mais alta corte da Justiça Eleitoral brasileira devem tomar uma posição sobre o tema após o parecer favorável da Assessoria Consultiva do TSE.
De acordo com o documento, ao ser firmada a aliança para a chapa majoritária “inexiste óbice a que quaisquer dos partidos integrantes dessa coligação lancem candidatura ao cargo remanescente de forma isolada ou simplesmente se abstenham de fazê-lo”.
O TSE terá que se manifestar sobre a questão diante da consulta feita pelo deputado Delegado Waldir (UB-GO) justamente por ele ser um dos interessados nessa questão. O parlamentar tem a intenção de concorrer ao Senado, mas existem outros pretendentes dentro da aliança partidária que ele integra em Goiás.
Já aqui pelas bandas da capital federal, essa decisão da Justiça Eleitoral é também muito aguardada tendo em vista que existem três pré-candidatos ao Senado que integram a base de apoio político ao governador emedebista do DF, Ibaneis Rocha, que vai concorrer à reeleição neste ano.
No grupo de Ibaneis, a ex-ministra e deputada Flávia Arruda, do PL, a ex-ministra Damares Alves, do Republicanos, e o ex-vice-governador e empresário, Paulo Octávio, do PSD, querem concorrer a única vaga a ser preenchida para o Senado nas eleições de outubro.
Dos três, Flávia Arruda já foi declarada oficialmente como pré-candidata ao Senado pela chapa governista desde o fim de 2021. Porém, Damares e PO colocaram o bode na sala e estão de olho na decisão do TSE para saber se vão adiante ou abortam o projeto.
Caso os ministros liberem as candidaturas avulsas para o Senado, nos bastidores já dado como certo que tanto Damares Alves quanto Paulo Octávio vão concorrer contra Flávia Arruda. Se a decisão do TSE não permitir que partidos que integrem uma aliança para o governo apresentem candidaturas avulsas, nesse caso, dois dos três pretendentes terão que abrir mão. Pela lógica, a vaga fica com a deputada Flávia.
No entanto, tudo vai depender das articulações e das negociações que serão realizadas entre os dirigentes partidários e o governador. Para Ibaneis, a sua candidata ao Senado, deputada Flávia Arruda, já é um fato consumado. Ou seja, vai ser difícil para os outros concorrentes convencer o chefe do Executivo a trocá-la caso o TSE decida em não liberar as candidaturas avulsas.
Até sair essa decisão do tribunal, que está sob os cuidados do ministro Ricardo Lewandowski e não tem previsão de data para o plenário deliberar, o pessoal está perdendo tempo de pré-campanha para se apresentar aos eleitores. No caso de Damares e PO, se persistirem em esperar pelo TSE pode ser que não tenham mais tempo hábil de se organizar e concorrer em outubro a outro cargo político.
Talvez, insistir não seja o melhor caminho, diante do curto espaço de tempo que se tem entre o período das convenções até o início da campanha. O risco de ficar de fora da disputa eleitoral deste ano é grande. Mas, como estamos tratando de gente que é do metiê político, eles sabem o que estão fazendo. Vamos acompanhar e aguardar.
Acesse aqui a íntegra do parecer da Assessoria do TSE.
Foto: Divulgação/TSE