• 3 de maio de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Chico Vigilante diz que Manzoni tem que respeitar o regimento e garantiu que ele não vai tumultuar a CPI da CLDF

Chico Vigilante diz que Manzoni tem que respeitar o regimento e garantiu que ele não vai tumultuar a CPI da CLDF

Foto: Rinaldo Morelli/Ag. CLDF

O experiente deputado distrital, Chico Vigilante, do PT, está tendo que ensinar aos colegas novatos que integram a comissão parlamentar de inquérito da Câmara Legislativa do DF (CLDF) que investiga os atos antidemocráticos que as reuniões e sessões, não só da CPI como da Casa, seguem critérios estabelecidos em seu regimento. Na sessão da CPI da última quinta (23), o distrital Thiago Manzoni, do PL,que passou a integrar a comissão nesse dia como suplente, reclamou que Vigilante ignorou a sua participação. O deputado inclusive divulgou nota à imprensa criticando a postura de seu colega.
O Fino da Política conversou com o distrital Chico Vigilante sobre o episódio e ele afirmou que o Manzoni está querendo tumultuar a CPI. É o que eu disse lá no dia: – Você não vai atrapalhar o andamento da CPI. E não vai mesmo”.

“Eu vou seguir o regimento e pronto. Ele vai ter o tempo que o regimento permite. Não tem conversa”, enfatizou o veterano.

20 minutos de aula com Lira

Chico Vigilante disse ainda que o deputado Manzoni “deveria assistir a 20 minutos de presidência do (Arthur) Lira na Câmara Federal”. “Vou recomendar isso a ele”, apontou o distrital. O deputado Arthur Lira tem a fama de cortar parlamentares quando estão brigando ou falando bobagem ao microfone.

Discurso vencido

Nos bastidores, assessores da CLDF comentam pelos corredores que esse embate entre Chico e Manzoni já era previsto. Os dois deputados são símbolos de suas correntes políticas na capital federal. Na CPI, o objetivo final é apontar os culpados pelos atos antidemocráticos. O distrital novato sinalizou que entrou em campo para defender o bolsonarismo e tentar inverter o foco das investigações da comissão colocando o governo federal no centro das atenções. Como já ficou acertado entre os distritais que a CPI não vai convocar ninguém da esfera federal, Manzoni já chegou com discurso vencido.

Distritais vão insistir com Alexandre de Moraes para ouvir Anderson Torres

Foto do ministro Alexandre de Moraes
Foto: Reprodução/Google Imagens

Sobre o pedido de reunião com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga os atos antidemocráticos, o presidente da CPI destacou que o objetivo dessa conversa com o magistrado é mostrar que a CLDF pode contribuir com as averiguações em curso. Outra demanda junto a Moraes é viabilizar a autorização para tomar depoimento do ex-ministro do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF. “O depoimento dele é fundamental”, argumenta Vigilante.

Lei de Leandro Grass que permite a venda das ‘sacolinhas’ pode ter fim com projeto de Wellington Luiz

Foto: Reprodução/Google Imagens

A ‘brilhante’ lei de jerico do ex-distrital Leandro Grass, do PV, atual presidente nacional do Iphan, que permite que os estabelecimentos comerciais vendam a famosa ‘sacolinha’ para o consumidor pode perder o seu efeito. O deputado Wellington Luiz, do MDB, e presidente da CLDF, apresentou um projeto que proíbe a comercialização das ‘sacolinhas’. Para o distrital, os estabelecimentos devem fornecer gratuitamente a sacola para o acondicionamento e transporte das mercadorias. Hoje o preço de uma bolsa de plástico biogradegradável ou biocompostável custa em média R$ 0,15. Em alguns estabelecimentos, eles deixam de oferecer a ‘sacolinha’ e disponibilizam única e exclusivamente aquela sacola reciclável, o qual o preço varia entre R$ 5,00 e R$ 15,00. Esse foi o grande legado que o Leandro Grass deixou para o consumidor do DF. Imagina se ele fosse eleito governador o que seria de nós. O projeto de Wellington Luiz reúne todas as condições de ser aprovado pelos distritais e sancionado pelo governador Ibaneis. 

Bancada do DF segue sem coordenador

Foto de parte dos deputados federais da bancada do DF e a vice-governadora Celina Leão
Foto: Reprodução/Google Imagens

Os 11 parlamentares que integram a bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional seguem sem coordenador. Os oito deputados e três senadores da capital federal ainda não chegaram a um entendimento. De um lado, o senador Izalci, do PSDB, reivindica a manutenção de um acordo informal de legislaturas anteriores que estipula o revezamento da coordenação entre as Casas Legislativas, o que o beneficiaria já que a vez seria do Senado. Do outro, o federal Rafael Prudente, do MDB, lançou seu nome, conta com o apoio de seus colegas da Câmara e quer ficar com a função. Por ora, ainda não tem data e nem horário para um possível encontro entre a bancada para definir quem vai ficar à frente do grupo. 

Reginaldo Veras já se ‘ajeitou’ nas comissões

Foto: Reprodução/Wikipedia

Recém-chegado na Câmara dos Deputados, o federal Reginaldo Veras, do PV, já aprendeu que política se faz nos bastidores e de forma silenciosa para não atrapalhar as articulações em andamento. O novato Veras garantiu vaga em duas comissões da Câmara. Ele vai representar o DF e seu partido na Comissão de Educação e na Comissão de Saúde. Enquanto as más línguas diziam que o professor ficaria relegado ao baixo clero, ele está mostrando que não é bem assim.

Moro ignorou forças policiais do DF

Foto do senador Sérgio Moro discursando após descoberta de plano do PCC para matá-lo
Foto: material cedido ao Expressão Brasiliense

Quem assistiu ao pronunciamento do senador Sérgio Moro, do União-PR, na última quarta (22), mesmo dia em que a Polícia Federal realizou operação e desarticulou um plano do PCC para matar o então ex-juiz da Lava Jato e defensor do combate ao crime organizado, pode notar que ele praticamente ignorou o trabalho das forças policiais da capital da República. Moro agradeceu apenas as equipes das Secretarias de Segurança do Paraná e de São Paulo. Ou seja, quem ouviu seu pronunciamento ficou com a impressão de que os agentes de segurança daqui do DF não atuam no esquema de segurança para proteger o então parlamentar, sua esposa que agora é deputada federal e sua família. Pegou mal, senador.  

Ibaneis quer carga máxima até o fim do ano para recuperar tempo perdido

Foto: Renato Alves/Ag. Brasília

Assim que voltou ao Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, mandou avisar aos seus auxiliares que a partir de agora ele quer carga máxima até o fim deste ano para recuperar o tempo perdido durante seu afastamento. Enquanto esteve fora, apesar do governo não ter parado administrativamente, no meio político o pessoal andava preocupado e parecia que estava tudo parado à espera de uma decisão do ‘Xandão’. De volta às ruas, Ibaneis tem sinalizado que quer apresentar os resultados o quanto antes. O emedebista tem batido na tecla: – Eu vou transformar essa cidade. Ciente de que precisa entusiasmar sua equipe para aumentar o desempenho de todos, Ibaneis está acompanhando de perto todas as ações de seu governo e alertou que quer a casa arrumada o quanto antes. A semana que passou contou com vários eventos públicos e anúncios importantes feitos pelo emedebista.

* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021.

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José Fernando Vilela

José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado), partidos políticos, parlamentares e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É presidente da ABBP - Associação Brasileira de Portais de Notícias - desde 2021.

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