Os primeiros 45 dias do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) têm sido de altos e baixos. Desde que subiu a rampa do Planalto, tudo mudou para a família do capitão que era acostumada com a política, mas não detinha o poder de hoje. Os filhos de Bolsonaro convivem com o meio político faz anos, porém, ainda há um longo caminho a percorrer.
A descoberta das movimentações suspeitas do ex-motorista do agora senador Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz foi a primeira ferida aberta. O caso repercutiu até fora do país. O filho senador para piorar ainda cometeu o deslize de ir ao STF pedir a anulação das investigações reivindicando a prerrogativa do foro privilegiado, que tanto era criticado pelo pai.
Com o passar do tempo e o surgimento de novos acontecimentos no Brasil, o caso do ex-motorista foi caindo no esquecimento. Tudo caminhava para que nada voltasse a arranhar a imagem da família Bolsonaro. Mas, quando se está no poder, não existem períodos de calmaria. O partido do presidente e dois de seus filhos, o PSL entra em crise por supostas movimentações duvidosas ao contemplar uma candidata até então desconhecida com a doação de R$ 400 mil.
Como o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno era o presidente do partido na época e coordenador da campanha de Bolsonaro, a culpa da doação suspeita caiu sobre ele. Bebianno então caiu em desgraça chegando a ser criticado por um dos filhos de Bolsonaro e pelo próprio chefe da família. Um áudio de Bolsonaro circulou nas redes reclamando do seu ministro.
A crise do PSL e o confronto entre Bebianno e um dos filhos do presidente, abriu outra ferida no clã Bolsonaro, e principalmente, no governo do pai. Já circula nos bastidores que está em andamento uma possível saída do presidente Bolsonaro e seus filhos para outro partido, a União Democrática Nacional (UDN). A legenda já tem processo no TSE, mas ainda falta efetivar o registro.
O ministro Bebianno deverá “voltar às suas origens” como disse o próprio Bolsonaro e o PSL deverá pagar um preço alto pelo seu laranjal. Se o clã Bolsonaro, realmente, for para a UDN, políticos apoiadores do governo devem migrar junto com eles. Ou seja, nem tudo está perdido.
Da Redação
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