• 28 de dezembro de 2025

2025 chega ao fim com os bastidores da política brasiliense pegando fogo

2025 chega ao fim com os bastidores da política brasiliense pegando fogo

2025 chega ao fim com os bastidores da política brasiliense pegando fogo
Foto/Arte: Desenvolvida por IA

O ano de 2025, que está prestes a terminar, trouxe consigo a antecipação precoce do clima de campanha na capital federal. Os bastidores da política brasiliense estão pegando fogo. O que se vê e se ouve são sinais claros de que grupos políticos e lideranças partidárias já estão debruçados sobre estratégias e alianças para 2026.

Ninguém quer perder espaço. A disputa promete ser uma das mais acirradas da história recente do Distrito Federal. Quem está dentro não quer sair, e quem ficou de fora quer entrar custe o que custar. O ambiente é de tensão permanente e cálculo político diário.

Diante de tanta efervescência, o momento exige cautela e responsabilidade na leitura dos possíveis cenários de convergência ou enfrentamento entre os principais atores. Mesmo faltando alguns meses para o período formal de negociação de alianças, as movimentações já indicam quem caminhará junto e quem ficará pelo caminho.

No campo da direita, a tendência é de rupturas e disputas internas entre grupos que comungam da mesma ideologia. A guerra por poder deve acirrar ainda mais os ânimos. A expectativa é de dois a três candidatos concorrendo ao GDF, com o grupo que atualmente está no comando, liderando com larga vantagem.

Não por acaso, as pesquisas confirmam que mais de 60% da população aprova a atual administração. Já pelo lado da esquerda, os números revelam a preferência do eleitor brasiliense por políticos mais conservadores e menos populistas e exibicionistas, o que tem tornado esse campo cada vez mais irrelevante e, muitas vezes, hostilizado nas ruas.

As eleições de 2026 podem consolidar o fortalecimento da direita e do centro e afundar ainda mais a esquerda. Reuniões reservadas, encontros secretos e conversas em bares, restaurantes e cafeterias tendem a se intensificar. O tabuleiro político está em movimento, expulsando os amadores. Como diz um estrategista local: “chegou a hora dos meninos dormirem e ficarem só os adultos”.

Celina desponta como favorita ao Buriti e pode vencer no 1º turno

Celina desponta como favorita ao Buriti e pode vencer no 1º turno
Foto: Reprodução/Google Imagens

O desempenho da vice-governadora Celina Leão desde que assumiu o posto ao lado de Ibaneis Rocha, em janeiro de 2023, fez com que ela caísse definitivamente nas graças do eleitor brasiliense. A ‘Leoa’ foi testada logo no início, durante os atos de 8 de janeiro, quando precisou assumir o comando do Buriti.

Foram 64 dias à frente do GDF, período suficiente para demonstrar capacidade de gestão, firmeza em momentos de crise e traquejo político. O episódio serviu como um divisor de águas para consolidar sua imagem como liderança preparada para ocupar a cadeira principal do Palácio do Buriti.

Celina se adaptou bem ao estilo de governar de Ibaneis Rocha, conhecido por evitar conchavos e bajulações. O diálogo direto e sem rodeios é uma característica compartilhada pelos dois, o que explica a sintonia administrativa e política da dupla.

O resultado dessa parceria aparece nas pesquisas. As últimas sondagens indicam Celina como favorita absoluta. Dependendo de quem enfrente, a ‘Leoa’ pode liquidar a fatura já no primeiro turno. Se isso ocorrer, fará história como a primeira mulher eleita governadora da capital do País.

Inelegível e rejeitado, Arruda vai só fazer barulho

Inelegível e rejeitado, Arruda vai só fazer barulho
Foto: Reprodução/Google Imagens

Apesar de ainda ser lembrado por parte do eleitorado, o ex-governador José Roberto Arruda vive um momento de incerteza política. Recém-filiado ao PSD, insiste no discurso de que está apto a disputar o GDF, mesmo após condenações decorrentes da Operação Caixa de Pandora.

A mais recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) o tornou inelegível até 2032. Ainda assim, Arruda se agarra às teses de seus advogados e mantém o velho roteiro: barulho, entrevistas e provocações calculadas. No meio político, esse método ainda engana alguns bestas.

Entretanto, a rejeição ao ex-governador ultrapassa os 50%. As cicatrizes de sua passagem pelo Buriti continuam vivas na memória do eleitor, associadas a corrupção, escândalos e muita roubalheira.

Nas redes sociais, Arruda já se cerca dos mesmos personagens que o ajudaram a afundar o GDF no passado. Em Brasília, onde todos respiram política, dificilmente esse filme será aceito novamente. No fim das contas, sobra apenas o barulho, aquele velho e conhecido ‘migué eleitoral’.

Indefinição de Michelle turbina Ibaneis ao Senado e anima a oposição

Indefinição de Michelle turbina Ibaneis ao Senado e anima a oposição
Foto: Renato Alves/Ag. Brasília

A disputa pelas duas vagas ao Senado em 2026 deve consolidar mais uma vez a força da direita no DF. Em 2022, as candidatas mais votadas vieram desse campo ideológico, tendência que tudo indica se repetir.

Pesquisas apontam Michelle Bolsonaro e Ibaneis Rocha como os nomes mais fortes, ambos superando a marca dos 30%. No entanto, a indefinição sobre qual cargo Michelle irá disputar muda completamente o jogo.

Sem a ex-primeira-dama na corrida, Ibaneis passa a liderar com folga. O cenário também anima a oposição, que vê na segunda vaga uma chance real, sobretudo porque Michelle não transfere votos automaticamente para nomes como Bia Kicis.

É nesse espaço que a esquerda alimenta expectativas com Leila do Vôlei e Érika Kokay. Até Michelle decidir seu destino, o tabuleiro seguirá instável e tudo pode mudar. A única certeza que se vê no horizonte é a consolidação do nome de Ibaneis Rocha na disputa. Ninguém tira essa cadeira dele.

Nominatas enxutas e competitivas prometem bancadas renovadas na Câmara e na CLDF

Nominatas enxutas e competitivas prometem bancadas renovadas na Câmara e na CLDF
Foto/Arte: Desenvolvida por IA

A disputa por vagas na Câmara dos Deputados e na CLDF será uma das mais competitivas dos últimos anos. Partidos avaliam federações, alianças e o peso real de seus quadros.

A régua subiu. Candidatos com votações inexpressivas tendem a ser descartados. A aposta agora é em nominatas mais qualificadas e capazes de garantir mais cadeiras para as legendas. Dessa vez, não há margem para candidaturas laranjas.

Nos bastidores, dirigentes travam batalhas internas por nomes competitivos. A tendência é de renovação, ainda que isso não signifique, necessariamente, melhoria na qualidade do debate político, que, diga-se de passagem, está ficando cada vez mais empobrecido.

Lula e a esquerda continuam derretendo no DF

Lula e a esquerda continuam derretendo no DF
Foto: Reprodução/Google Imagens

O Distrito Federal segue sendo um terreno infértil para Lula e a esquerda. As pesquisas apontam que o petista e seus aliados têm poucas chances de vitória na capital federal. O desempenho pífio de 2022 deve se repetir no ano que vem. 

A rejeição é persistente, e os esforços de reaproximação junto ao eleitor brasiliense até agora não surtiram efeito relevante. Aquele DF dos anos 90 e 2000 que era considerado um reduto da esquerda não existe mais. 

Hoje, falta capilaridade, falta discurso local e sobra a impressão de que Brasília é tratada apenas como vitrine institucional, não como eleitorado estratégico.

Internamente, lideranças da esquerda admitem dificuldades, mas seguem apostando em fórmulas já testadas e rejeitadas. O resultado tende a ser mais do mesmo. Não é à toa que há uma ala do PT nacional defendendo uma união com o ex-governador José Roberto Arruda para tentar atrapalhar o grupo Ibaneis-Celina.

Sem uma mudança profunda de estratégia, o campo progressista corre o risco de continuar figurando apenas como coadjuvante na capital da República.

Feliz 2026 a todos

O ano muda no calendário, mas a política segue em movimento permanente. 2026 promete disputas intensas, decisões duras e escolhas que definirão rumos no Distrito Federal.

O Expressão Brasiliense e a coluna O Fino da Política seguirão atentos aos bastidores, com independência e compromisso com a informação que incomoda.

Aos leitores que acompanham, discordam e voltam, nosso agradecimento. Que 2026 venha com senso crítico afiado. Estaremos aqui para contar o que muitos preferem esconder.

Frase do Fino

“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”, autoria desconhecida. Sim… essa frase não é de George Orwell como muitos atribuem.  

Mistério da Semana

Qual parlamentar anda com medo de perder seu reduto para um concorrente que vem cooptando antigas lideranças esquecidas durante o mandato? Quem é? Quem é? Quem é? Mistéééério…

*José Fernando Vilela é jornalista especializado em marketing político e eleitoral, com ampla experiência em órgãos públicos, entidades representativas e na iniciativa privada. Editor-chefe e colunista do Expressão Brasiliense, atua na cobertura e análise dos bastidores da política nacional e local. É apresentador do podcast Café Expressão e do programa Fala Aí, na JK FM 102,7, aos sábados, a partir das 6h.

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