Dada a natureza e a complexidade do caso, a sessão do Senado Federal desta quarta (22) parou para ouvir o pronunciamento do senador Sérgio Moro, do União Brasil, ex-juiz da Lava Jato, sobre o plano elaborado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassiná-lo.
Além de ter atuado como juiz, Moro também foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro. Ele atribuiu esse tipo de ação orquestrada por parte da facção por ter sido o responsável por providenciar o isolamento dos líderes do PCC enquanto esteve como ministro.
“Uma célula do PCC tinha esse planejamento de sequestrar a mim, ou a minha família, ou realizar esses ataques como uma forma de retaliação ao trabalho que nós fizemos como juiz, e principalmente, como Ministro da Justiça, quando nós fomos duros contra o crime organizado”, apontou o senador.
Segundo Sérgio Moro, a facção criminosa ficou desarticulada com as mudanças promovidas por sua gestão.
“Mudamos o regime para que nós não tivéssemos mais comunicações com o mundo externo que não fossem monitoradas. E fizemos isso para proteger a sociedade”, destacou o parlamentar.
Agentes penitenciários e juízes assassinados
O ex-juiz citou que desde 2016 três policiais e três juízes foram executados por meio de ordens que partiram de dentro de presídios.
Sobre a descoberta do plano, Sérgio Moro ressaltou que “os fatos de hoje revelam uma ousadia que, se não maior, é igualmente assustadora. Desconheço na história da República um planejamento de organizações criminosas dessa natureza contra promotor do caso que investiga o PCC, mas especialmente contra um Senador da República”.
Sérgio Moro alertou que é preciso aprovar leis mais rigorosas no Brasil para combater o crime organizado.
“Ou nós os enfrentamos ou quem vai pagar vai ser não só as autoridades, mas igualmente a sociedade”, alertou o senador e ex-ministro.
Fotos: William Sant’ana/Especial para o Expressão Brasiliense
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