Expressão Brasiliense O plano mirabolante de Wanderley Tavares, presidente do Republicanos-DF, de incitar o deputado federal Fred Linhares a disputar o GDF em 2026, terminou de forma nada gloriosa: a sua renúncia forçada do comando do partido.
Na noite desta quarta-feira (3), Tavares divulgou uma carta de renúncia à imprensa, onde exaltou seus próprios feitos — e claro, destacou a eleição de 2022 como o ápice da sua gestão, quando o Republicanos elegeu um distrital, três federais e uma senadora.
Segundo o ex-dirigente, a decisão do partido em apoiar a candidatura à reeleição da atual vice-governadora Celina Leão (PP) teria pesado na sua saída. Mas, nos bastidores, a história é outra.
Wanderley foi o principal mentor e arquiteto do plano de jogar Fred Linhares na fogueira argumentando que o parlamentar novato, por ter muita visibilidade junto à população brasiliense devido ao programa de TV que apresenta na Record, tinha força para se eleger governador do DF.
Fred até mordeu a isca. Só que, quando percebeu que estava falando sozinho e que Wanderley já não lhe dava o mesmo suporte de antes, tratou de correr atrás do prejuízo e se realinhou ao projeto oficial do partido, retomando inclusive o espaço perdido na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF.
Com a saída de Wanderley Tavares de cena, a paz volta a reinar no Republicanos. A indicação do próximo presidente da sigla no DF ficará por conta do deputado federal Marcos Pereira, que comanda a legenda.
Hoje, o Republicanos ocupa espaço privilegiado: além de representantes no Senado, Câmara dos Deputados e Câmara Legislativa (CLDF), o partido mantém indicações em secretarias e órgãos do GDF, marcando presença no jogo político e administrativo da capital.
No campo político, Ibaneis Rocha e Celina Leão estão se preparando para o embate eleitoral do próximo ano, não deixando espaço para que eventuais aliados resolvam criar asas e atrapalhar os planos do grupo.
Leia aqui a carta de renúncia de Wanderley Tavares.
Foto: Divulgação/Republicanos-DF
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