A família Bolsonaro ainda nem subiu a rampa do Planalto e já está sendo alvo de investigações. O jornal Estado de São Paulo revelou na quinta-feira (07) que o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) aponta transações atípicas do policial militar, Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PSL).
Fabrício foi motorista e segurança de Flavio Bolsonaro por muitos anos nomeado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) com salário de um pouco mais de R$ 8 mil. O banco do policial informou ao Coaf que as contas dele continham movimentações incompatíveis com sua renda e patrimônio chegando ao montante de mais de R$ 1 milhão.
Entre as transações realizadas por Fabrício Queiroz está um cheque para a futura primeira-dama, Michele Bolsonaro, no valor de R$ 24 mil. Há também movimentações entre contas dele e de sua filha, Nathalia Melo de Queiroz, lotada no gabinete do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na Câmara dos Deputados, uma delas no valor R$ 84 mil.
O documento do Coaf que mapeou, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), as movimentações financeiras dos servidores da Alerj, foi anexado na investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, que levou à prisão 10 deputados estaduais.
O que dizem os citados
O filho de Jair Bolsonaro, agora senador eleito Flávio Bolsonaro, se manifestou por uma rede social sobre o caso, já que o relatório aponta que Fabrício Queiroz era motorista dele na Alerj.
“Fabrício Queiroz trabalhou comigo por mais de dez anos e sempre foi da minha confiança. Nunca soube de algo que desabonasse sua conduta. Em outubro foi exonerado, a pedido, para tratar de sua passagem para a inatividade. Tenho certeza de que ele dará todos os esclarecimentos. ”
Michele Bolsonaro e o presidente eleito Jair Bolsonaro, informaram que não vão não se manifestar. Fabrício e sua filha também não se manifestaram.
O Ministério Público Federal, responsável pela operação Furna da Onça, confirmou em nota que incluiu o relatório do Coaf nas investigações, mas esclareceu que nem todos os nomes citados no documento foram incluídos nas apurações, sobretudo porque nem todas as movimentações atípicas são, necessariamente, ilícitas.
Da Redação com informações da Agência Estadão e portal G1
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