• 22 de novembro de 2024

POSSÍVEL ALIANÇA | Tucanos e emedebistas pressionam Doria e Simone Tebet para que componham chapa ou desistam de pré-candidaturas ao Planalto

O baixo desempenho apontado nas pesquisas de intenções de votos para a disputa presidencial deste ano dos pré-candidatos João Doria, do PSDB, e Simone Tebet, do MDB, acendeu o sinal de alerta entre seus correligionários. Políticos e parlamentares das duas legendas pressionam para que ambos se unam compondo uma aliança para encarar as eleições ou abram mão de suas pré-candidaturas.

Tanto Doria quanto Simone não decolam nas sondagens realizadas até o momento junto ao eleitorado brasileiro. João Doria, que é governador de São Paulo, e Simone Tebet, que é senadora da República pelo Mato Grosso do Sul, chegaram a se reunir no mês passado, mas não sinalizaram que podem formar uma aliança.

As articulações e movimentações internas de grupos dos dois partidos tentam viabilizar a união dos pré-candidatos com o objetivo de posicionar a chapa como uma ‘terceira via’ a disputa polarizada entre Lula, do PT, e Bolsonaro, do PL, à Presidência da República.

No PSDB, João Doria, que apesar de ter vencido nas prévias a indicação para ser o pré-candidato do partido na disputa eleitoral ao Palácio do Planalto, não conta com o apoio total dos tucanos.

O governador do Rio Grande do Sul, o tucano Eduardo Leite, que perdeu para Doria nas prévias, não demonstra muito entusiasmo com a candidatura do correligionário paulista. Outros tucanos de alta plumagem não veem João Doria como um candidato com potencial para chegar a um eventual segundo turno nas eleições presidenciais deste ano, até porque as pesquisas apontam que sua rejeição é muito alta.

Já no MDB, a senadora Simone Tebet é muito bem quista, porém ela enfrenta a rejeição dos emedebistas da região Norte e Nordeste, que preferem que o partido feche aliança com o ex-presidente Lula.

Aliados de João Doria já manifestaram que Simone Tebet seria uma excelente vice. Do lado da emedebista, ela já veio a público dizer que não vai conversar com ninguém sobre ser vice. Ou seja, uma aliança entre MDB e PSDB está longe de acontecer.

Nessa disputa entre tucanos e emedebistas é possível que ambos os partidos fiquem apenas como meros figurantes nas eleições para presidente e a salvação da lavoura talvez seja um bom desempenho entre os que vão tentar se eleger para os governos estaduais e o Congresso Nacional. Porém, isso só vamos saber depois da contagem dos votos.

Se for levar em conta a performance de 2018, as duas legendas tendem a diminuir o seu poderio e capital político, e passarem a ser considerados partidos de médio porte.

Foto: Reprodução/Google Imagens

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