• 22 de novembro de 2024

Paulo Maluf já está em SP depois de conseguir a prisão domiciliar junto ao STF

Nem nos seus piores pesadelos, o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) iria imaginar que frequentaria uma cela de 30m². Afastado do mandato, o político deixa o Complexo Penitenciário da Papuda, onde estava preso desde 22 de dezembro do ano passado, para cumprir prisão domiciliar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a internação.

Maluf estava internado desde a última quarta-feira (28) após sentir “fortes dores” na lombar. Apesar da transferência, o hospital recomenda que ele dê continuidade ao tratamento e faça novos exames na capital paulista.

No despacho da decisão, o ministro Dias Toffoli afirma que documentos apresentados pela defesa de Maluf demonstram que o deputado, aos 86 anos, “passa por graves problemas relacionados à sua saúde no cárcere, em face de inúmeras e graves patologias que o afligem”.

Ele foi condenado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pena de 7 anos e 9 meses de prisão por lavagem de dinheiro no período em que foi prefeito de São Paulo – entre 1993 e 1996.

Questionada sobre a possibilidade de utilizar a tornozeleira eletrônica para monitorar a prisão domiciliar de Paulo Maluf, a Secretaria de Segurança do DF informou que essa decisão cabe ao próprio STF. No habeas corpus, o dispositivo não é mencionado.

Segundo o Hospital Ortopédico e Medicina Especializada (Home), onde Maluf foi internado, uma ressonância feita na quarta (28) identificou a compressão de nervos na coluna vertebral. Por conta disso, o deputado recebeu analgésicos “potentes”, anti-inflamatórios e opióides. Ele também foi submetido a uma infiltração com corticoite na base da coluna.

Na madrugada de quinta (29), Maluf “apresentou leve desconforto respiratório” e precisou de oxigênio suplementar, segundo boletim divulgado pelo hospital. No mesmo dia, ele passou por uma punção na coluna e outros exames de controle.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o quadro de saúde do parlamentar era “grave, com constante e diário comprometimento, inclusive com permanente risco de óbito”.

Matéria do G1 adaptada

Foto: Reprodução G1

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