• 3 de outubro de 2024

Izalci comparece à Câmara dos Deputados para trabalhar em época de campanha

Mesmo sendo candidato à senador pelo PSDB, o deputado Izalci Lucas deu uma pausa em sua campanha para cumprir o seu dever como parlamentar. Nesta terça-feira (04), Izalci foi um dos poucos deputados federais que estava na Câmara dos Deputados para participar de reuniões nas comissões e da sessão no plenário. Izalci ainda conversou com um grupo de aliados e posou para fotos com simpatizantes.

Em meio a tantas reuniões, Izalci atendeu ao Expressão Brasiliense para falar de sua campanha e dos seus projetos para Brasília. Confira:

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Expressão Brasiliense: Deputado, como é que está a campanha para o Senado?

Izalci Lucas: Está uma correria danada. Tenho percebido que meu nome está sendo bem aceito. As pessoas me conhecem devido ao trabalho que venho desenvolvendo. Acredito que agora com o início do horário eleitoral na televisão, muitos venham a se lembrar de mim.

EB: E por que decidiu comparecer à Câmara dos Deputados em plena campanha? Tem parlamentar que nem aparece por aqui nesse período.

IL: Todos (513 deputados federais) fomos convocados. Não podemos deixar de estar aqui, pois afinal fomos eleitos para isso. Houve a convocação. Se tiver quórum, estarei aqui pronto para trabalhar. Terminando aqui, a gente vai para a rua tranquilamente.

EB: E como foi para o senhor essa troca de candidatura? O senhor iria disputar as eleições para o governo e agora está disputando uma vaga ao Senado?

IL: Eu me preparei para disputar as eleições para o governo do DF. Nós fizemos todo um trabalho de planejamento, mas nem sempre acontece do jeito que a gente planeja ou quer. Mas, o Senado Federal é uma casa importante. Brasília precisa de um senador que de fato a represente. Lamentavelmente, nas últimas legislaturas, nós sofremos com a falta de alguém que faça uma articulação a favor do DF. Quem cuida do orçamento e traz as grandes obras para Brasília é o Senado. O papel do senador é articular junto aos ministérios, comissão mista do orçamento, tem que estar em contato com o presidente da República. Ou seja, tem que representar o Estado efetivamente. Hoje não temos nenhum investimento de grande porte em Brasília, nenhuma obra do PAC em Brasília. Todos os estados estão tendo grandes obras e grandes investimentos e nós aqui, sem nada. Isso se deve, justamente, por estar faltando ter um senador que encare esse problema, que entenda de orçamento. Aqui na Câmara, eu fui membro da comissão mista do orçamento. Não pude ser membro todos os anos porque o regimento não permite, mas todo ano em que eu podia participar, eu estava lá. Essa atuação é fundamental para Brasília.

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EB: Então o senhor estava preparado para ser governador, mas não deu. O senhor considera que está pronto para ser senador?

IL: Estou. Na prática, o Senado Federal é uma casa revisora. Então, você tem que pegar as leis da Câmara e aperfeiçoar, ou modificar, ou reprovar ou aprovar. O Senado também tem que fiscalizar o governo federal e buscar recurso para seu Estado. Por exemplo, na área de saneamento básico a cada R$ 1 investido pelo GDF a União investe R$ 20,00. Isso é papel de um senador.

EB: Para o senhor então não houve esse trabalho nos últimos anos?

IL: Veja bem. Na prática, só discurso na tribuna ou escrever artigo para jornal ou revista, não resolve o problema de Brasília. O que resolve o problema de Brasília é buscar recursos, ter uma boa articulação na comissão mista do orçamento. Isso, sim resolve. Um senador tem que entender como que funciona essa parte. Infelizmente, trouxemos muitos recursos para Brasília, mas esse governo que está aí, não fez nada. Mas, eu tenho certeza que vamos mudar esse cenário. Outra coisa é que para atuar no Senado requer uma certa experiência. Lá você encontra ex-presidentes, ex-governadores, ex-deputados, enfim, não dá para você brincar de ser senador. Não tem como você eleger alguém que nunca foi político, que não conhece os trâmites do Congresso Nacional. No Senado, você tem que ter experiência e credibilidade para poder trabalhar de forma efetiva. Senão, fica do jeito que está o DF, sem investimento nenhum.

EB: Deputado, nos bastidores, comenta-se que o senhor está trabalhando já para disputar o governo em 2022. Podemos considerar que o senhor apenas adiou o seu plano de governar Brasília?

IL: Olha, eu me preparei para isso. Na verdade, eu me preocupei muito em fazer um projeto para Brasília, mas não me ative em cuidar dessa parte de articulação política que é essencial. Eu fiz diferente dos outros. Eu não vi ninguém discutindo um plano ou um projeto para Brasília. As pessoas que estão concorrendo ao governo não pensaram em Brasília antes das eleições. Eles vão pensar em Brasília após se elegerem. Eu já estava com tudo, praticamente, preparado. Mas, confesso que não me preocupei com essa questão partidária. Em eleições majoritárias, você tem que ter muitos partidos ao seu lado e tem que ter muito recursos. Isso pesa muito. A próxima eleição será diferente, pois não terá mais coligação. A cláusula de barreira vai, com certeza, diminuir essa quantidade de partido que temos hoje. Vou continuar me preparando para isso. Espero que o candidato da minha coligação possa se eleger para que possamos contribuir. Parte do planejamento que fizéssemos eu passei para o Fraga nas áreas de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Educação, Saúde. Nós apresentamos a ele um plano bem detalhado e vou ajuda-lo a executar.

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EB: Caso não seja o Fraga o eleito, o senhor se elegendo para o Senado vai contribuir com o próximo governador?

IL: Eu sempre coloquei Brasília acima dos interesses partidários ou pessoais. A minha preocupação é com o DF, é com as cidades. O que eu puder contribuir, eu vou contribuir. Independente da questão partidária. A não ser que não queira como o atual governador fez conosco. Nós temos 11 parlamentares aqui no Congresso Nacional e destinamos R$ 300 milhões em emendas impositivas e ele sequer se reuniu com a bancada. Lógico que nós vamos ajudar quando as pessoas querem ser ajudadas. De nada adianta a gente querer e o próprio governo dificultar a nossa participação e contribuição. Volto a repetir, para mim, o interesse maior é a cidade. Temos que resgatar Brasília.

O deputado Izalci Lucas concorre a uma das duas vagas ao Senado Federal pelo PSDB com o número 456. Acompanhe o trabalho do parlamentar, na internet e nas redes sociais.

Da Redação

Fotos: William Sant’Ana

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