• 23 de agosto de 2025

Defesa de Bolsonaro diz ao STF que ex-presidente não pediu asilo para Milei e nem descumpriu medidas cautelares

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele tenha planejado pedir asilo político ou descumprido as medidas cautelares impostas pela Corte. A manifestação foi apresentada na noite de sexta-feira (22), a pedido do ministro Alexandre de Moraes, após questionamentos levantados no relatório final da Polícia Federal (PF) sobre o inquérito da trama golpista.

No relatório, a PF concluiu que Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), teriam atuado para tentar coagir autoridades brasileiras e até articular sanções junto aos Estados Unidos. O caso será julgado pelo STF.

Segundo a PF, foi encontrado no celular de Bolsonaro um documento em primeira pessoa solicitando asilo político urgente ao presidente da Argentina, Javier Milei. O arquivo, sem data nem assinatura, foi salvo em fevereiro de 2024, dois dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, que investiga a tentativa de golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito.

A defesa alega que o documento não passa de um rascunho, não pode ser considerado indício de fuga e que Bolsonaro sempre respeitou as decisões da Suprema Corte.

“Com ou sem o rascunho, o ex-presidente não fugiu. Pelo contrário, obedeceu a todas as decisões emanadas pelo STF, compareceu a audiências e cumpriu as restrições impostas”, afirmaram os advogados.

Defesa nega descumprimento de medidas cautelares

Outro ponto citado pela PF é que Bolsonaro teria descumprido as medidas cautelares ao receber mensagem de Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente em 2022.

No entanto, os advogados afirmam que Bolsonaro apenas recebeu um SMS de Braga Netto, sem qualquer resposta.

“O ex-presidente teria descumprido medidas cautelares com o silêncio? É descabido considerar que o simples recebimento de mensagem configure violação”, argumenta a defesa.

Conversas com advogado norte-americano

O relatório também aponta que Bolsonaro buscou orientação com o advogado norte-americano Martin de Luca, ligado a Donald Trump e à plataforma Rumble. A PF sugere que houve alinhamento de estratégias jurídicas.

A defesa, porém, rejeita a acusação e sustenta que não havia impedimento legal para a comunicação.

“As poucas mensagens trocadas não configuram qualquer ilegalidade. A inclusão dessa troca no relatório mostra tentativa de restringir até conversas com pessoas que compartilham o mesmo matiz político”, declarou a defesa.

Conversas de WhatsApp com Eduardo Bolsonaro

A PF ainda expôs conversas de WhatsApp entre Bolsonaro e seu filho Eduardo. A defesa critica a divulgação e reforça que os diálogos ocorreram antes da decisão que proibiu contato entre ambos.

“Nada disso deveria importar em um relatório policial. O ex-presidente nunca foi proibido de usar WhatsApp, trocar mensagens ou se manifestar publicamente”, ressaltaram os advogados.

O caso integra o inquérito da trama golpista, que investiga suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro foi indiciado pela PF em agosto de 2025 e é acusado de tentar interferir no julgamento de autoridades brasileiras por meio de articulações internacionais.

A manifestação da defesa será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes e pode impactar o andamento do processo no STF.

Com informações do Terra

Foto: Reprodução/Google Imagens


Acompanhe o Expressão Brasiliense pelas redes sociais.

Dá um like para o #expressaobrasiliense na fanpage do Facebook.

Siga o #expressaobrasiliense no Instagram

Inscreva-se na TV Expressão, o nosso canal do YouTube.

Receba as notícias do Expressão Brasiliense pelo Whatsapp.

Read Previous

Conmebol divulga datas e horários das quartas de final da Libertadores e Sul-Americana 2025

Read Next

Sino do Rotary Club de Brasília preserva legado histórico dos fundadores e pioneiros da capital federal

error: A reprodução ou cópia deste conteúdo é proibida sem prévia autorização deste portal.