Confirmando a informação antecipada pelo Expressão Brasiliense, na coluna O Fino da Política, do jornalista José Fernando Vilela, no último domingo (20), a comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF (CLDF) que investiga os atos antidemocráticos aprovou, por unanimidade, o requerimento que pedia a prorrogação dos trabalhos do colegiado por mais 90 dias.
A leitura no plenário do requerimento aprovado pela CPI foi feita, na tarde desta terça (22), pelo presidente da comissão, deputado Chico Vigilante, do PT. O documento foi assinado pelos sete deputados distritais que integram a CPI.
Segundo o presidente da CPI, os parlamentares vão decidir se vão convocar novamente os oficiais da cúpula da PMDF que foram detidos na última sexta-feira (18) e estão sendo acusados de ‘sabotar’ o esquema de segurança na Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro para favorecer um possível golpe de Estado.
“Nós vamos verificar se tem necessidade de ouvi-los novamente, sempre buscando a verdade”, ressaltou Vigilante.
Depoimento de Cid confirmado
Chico Vigilante também destacou que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, irá comparecer na CPI na próxima quinta-feira (24).
“O Exército já esteve na CLDF verificando o local onde ele vai ficar aqui conosco”, observou o distrital.
Sobre a possível presença do advogado de Mauro Cid na reunião da CPI, Chico foi bem categórico. “Espero que ele não venha atrapalhar”, alertou o presidente da CPI. Recentemente, o advogado do militar deu declarações polêmicas sobre o caso das joias.
Mauro Cid foi convocado pelos distritais para prestar esclarecimentos sobre seu possível envolvimento com os atos do dia 8 de janeiro e também sobre ‘a minuta do golpe’, documento apreendido na casa do ex-ministro do governo Bolsonaro, Anderson Torres, o qual o ex-ajudante de ordens declarou ter conhecimento.
Foto: Rinaldo Morelli/Agência CLDF
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