Enquanto o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, circula pelas ruas tentando enganar o povo — aliás, uma de suas especialidades — dizendo que está “livre”, a 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a condenação dele por desvio de recursos públicos e pagamento de propina no caso Linknet, além de confirmar a inelegibilidade do político.
Além de continuar fora das urnas, Arruda terá de devolver R$ 559 milhões aos cofres públicos pelo suposto esquema de corrupção que, segundo os autos, era operado pelo delator da Operação Caixa de Pandora, Durval Barbosa — então secretário de Relações Institucionais —, com a participação de José Geraldo Maciel, ex-secretário da Casa Civil e primo do ex-governador.
Os magistrados da 1ª Turma acompanharam por unanimidade o voto do relator, ministro Gurgel de Faria, que entendeu não haver motivos para reformar a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
Apesar de a defesa de Arruda insistir que as provas apresentadas por Durval Barbosa — como gravações ambientais — seriam ilegais, Gurgel de Faria ressaltou que há outros elementos robustos que comprovam os crimes cometidos pelo grupo do ex-governador.
“A condenação levou em consideração não só a escuta ambiental, tida como ilegal, mas também outras provas testemunhais e documentais produzidas nos autos, garantindo às partes o devido processo legal e a paridade de armas”, destacou o ministro em seu voto.
O relator ainda citou a sentença do TJDFT, reforçando que “não se trata de prova isolada, ao contrário: a delação e a colaboração foram confirmadas por outras provas colhidas durante a investigação e a instrução”.
Ou seja, ficou comprovado o esquema criminoso capitaneado por Arruda e sua turma.
Com a decisão do STJ, o ex-governador segue inelegível e não poderá disputar as eleições de 2026, ao contrário do que tem dito nas ruas ao tentar convencer a população de que está livre para concorrer.
Nos bastidores políticos, líderes partidários e analistas avaliam que a situação de Arruda é a mesma de eleições anteriores. Muitos acreditam que ele tentará empurrar a candidatura com a barriga até o limite, e na reta final deixará seus aliados chupando dedo, como aconteceu em 2014, 2018 e 2022.
A história se repete: Arruda faz o mesmo jogo de cena de outrora para manter o nome vivo na política do DF.
Na visão de juristas, o ex-governador só voltará a ficar elegível a partir de 2034. Até lá, muita coisa pode acontecer — inclusive voltar a ser preso.
Para quem ainda sonha em ver Arruda de volta ao Palácio do Buriti, é bom se preparar para uma longa espera. O caminho judicial do ex-governador é muito mais espinhoso que o Caminho de Santiago de Compostela, que, ao que tudo indica, só serviu para reacender sua sede de vingança e alimentar o ódio que carrega no coração. De nada adiantou fazer a travessia em busca de perdão, se ainda está devendo para a Justiça.
Cuidao ao seguir en frente, señor Arruda. El camino es duro y tiene muchos espinos. ¿O no te enseñaron eso durante el Camino de Santiago?
Charge: Desenvolvida por IA
Acompanhe o Expressão Brasiliense pelas redes sociais.
Dá um like para o #expressaobrasiliense na fanpage do Facebook.
Siga o #expressaobrasiliense no Instagram.
Inscreva-se na TV Expressão, o nosso canal do YouTube.
Receba as notícias do Expressão Brasiliense pelo Whatsapp.













