• 9 de outubro de 2024

Coaf aponta que Flávio Bolsonaro recebeu 48 depósitos suspeitos em 1 mês totalizando R$ 96 mil

A edição do Jornal Nacional, da Rede Globo, desta sexta-feira (18), trouxe mais um capítulo da novela que envolve a família Bolsonaro e o ex-motorista Fabrício Queiroz. Segundo o telejornal, o senador eleito e ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PSL), movimentou R$ 96 mil em uma de suas contas conforme aponta o Conselho de Controle de Atividades Financeiro (Coaf).

A matéria apresenta trecho de um relatório do órgão que mostra que foram realizados 48 depósitos em apenas um mês numa das contas do filho mais velho do presidente. O documento informa que as transações aconteceram entre junho e julho de 2017 e os depósitos foram feitos no autoatendimento da agência bancária da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – Alerj.

Os depósitos foram feitos em cinco dias:

• 9 de junho de 2017: 10 depósitos no intervalo de 5 minutos, entre 11h02 e 11h07;

• 15 de junho de 2017: mais 5 depósitos, feitos em 2 minutos, das 16h58 às 17h;

• 27 de junho de 2017: outros 10 depósitos, em 3 minutos, das 12h21 às 12h24;

• 28 de junho de 2017: mais 8 depósitos, em 4 minutos, entre 10h52 e 10h56;

• 13 de julho de 2017: 15 depósitos, em 6 minutos.

O Coaf diz que não foi possível identificar quem fez os depósitos. O relatório afirma que o fato de terem sido feitos de forma fracionada desperta suspeita de ocultação da origem do dinheiro. O órgão ainda classifica que esse tipo de ocorrência pode ter sido feito com base numa circular do Banco Central que alerta os bancos quanto a uma possível lavagem de dinheiro em transações realizadas dessa forma.

O Ministério Público suspeita que funcionários dos gabinetes de deputados investigados em esquema de corrupção devolviam parte dos salários, numa operação conhecida como “rachadinha”.

Flávio Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão temporária da investigação e a anulação das provas. Ele foi citado no procedimento aberto pelo Ministério Público do Rio contra Fabrício Queiroz. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro é investigado por movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão durante um ano.

Da Redação do Portal G1

Foto: Google Imagens

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