Expressão Brasiliense A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na manhã desta segunda-feira (24), para manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-mandatário foi detido no sábado (22) após indícios de que estaria planejando fugir antes do início da execução da pena imposta no julgamento da chamada trama golpista.
A decisão inicial foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, em medida monocrática, e posteriormente encaminhada para análise dos demais integrantes da Primeira Turma do STF. A expectativa é de que a votação seja concluída ainda nesta segunda-feira.
Relator do caso, Moraes abriu a votação e foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino. Minutos depois, Cristiano Zanin também votou com o relator, por volta das 10h30. A ministra Cármen Lúcia ainda deve apresentar seu voto.
O ministro Luiz Fux, que integrava a Primeira Turma até outubro, migrou para a Segunda Turma após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Durante o julgamento da trama golpista, Fux foi o único ministro a divergir em várias etapas do processo.
No voto apresentado, Alexandre de Moraes reafirmou os fundamentos utilizados na decisão que determinou a prisão preventiva de Bolsonaro. Entre eles, destacou a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio do ex-presidente na noite da ordem de prisão, o que, segundo Moraes, poderia facilitar uma tentativa de fuga.
Outro ponto citado foi a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica, registrada às 0h08 pela central de monitoramento da Polícia Federal. Moraes também mencionou a confissão do próprio Bolsonaro sobre o episódio.
Segundo o relatório anexado aos autos em 22 de novembro de 2025, o equipamento apresentava “sinais claros e importantes de avaria”, incluindo marcas de queimadura em toda a circunferência do local de fechamento. Ainda conforme o documento, Bolsonaro afirmou ter usado um ferro de solda para tentar abrir a tornozeleira.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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