Os integrantes da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS rejeitaram, nesta quinta-feira (16), o requerimento para convocar José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a prestar esclarecimentos sobre as suspeitas de desvios de mais de R$ 6 bilhões em benefícios de aposentados e pensionistas.
A convocação de Frei Chico era considerada uma das principais apostas da oposição para tentar ligar diretamente o escândalo do INSS à gestão petista. Com orientação contrária do governo, a proposta foi rejeitada por 18 votos a 11.
Pouco antes da votação, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), e o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), bateram boca após o parlamentar afirmar que “petistas e governo são um bando de hipócritas”.
Frei Chico e a farra do INSS
José Ferreira da Silva, o Frei Chico, é vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos). A entidade foi alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, principal investigação sobre o esquema de desvios no INSS.
Na última terça-feira (14), o ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio de R$ 390 milhões em bens, imóveis e valores do sindicato e de seus dirigentes. O montante corresponde ao total de descontos indevidos realizados entre 2021 e 2025.
Na decisão, Mendonça afirmou haver fortes indícios de participação dos dirigentes nos ilícitos apurados, além de autorizar a quebra de sigilos fiscal e bancário do Sindnapi e de seus representantes no período de 2020 até 2025.
Em nota oficial publicada nas redes sociais, o Sindnapi declarou estar colaborando integralmente com as investigações e que confia no esclarecimento dos fatos.
“O Sindnapi não deve nada, está colaborando com todas as investigações e confia que todos os fatos serão plenamente esclarecidos”, afirmou a entidade.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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