José Fernando Vilela O clima esquentou na comissão especial que analisa as PECs do Estado de Emergência (PEC 1/22) e dos Biocombustíveis (PEC 15/22) na noite de terça (5). Durante a sessão do colegiado para votar o parecer do relator das PECs, deputado Danilo Forte (União-CE), a deputada Celina Leão (PP-DF), presidente da comissão, não se intimidou com a atitude de três parlamentares petistas: Alencar Santana (SP), Reginaldo Lopes (MG) e Bohn Gass (RS), que tentaram interromper a leitura do relatório apresentado por Danilo.
Assim que Celina determinou ao deputado Danilo que lesse o parecer substitutivo que consolida as redações das duas PECs (15/22 e 1/22) sem alterar o mérito já aprovado no Senado, os três parlamentares do PT se dirigiram à mesa e deram início a um bate-boca com a presidente da comissão e o relator.
Em meio à confusão, o deputado Reginaldo Lopes deu a volta na mesa e tentou retirar o documento que estava sendo lido pelo colega. Danilo Forte reagiu puxando o parecer de Reginaldo. Na sequência, a leoa, como Celina é chamada nos bastidores, se levantou e se exaltou com os parlamentares petistas.
Veja abaixo o momento da discussão na comissão:
Após a leitura do relatório, Celina Leão concedeu vista para que os demais parlamentares possam analisar a proposta por mais duas sessões. A comissão volta se reunir na próxima quinta-feira (7), a partir das 9 horas, quando poderá ser votada a matéria.
Sobre as PECs
A PEC do Estado de Emergência permite ao governo ampliar benefícios sociais que não seriam autorizados em ano eleitoral. Já a PEC dos Biocombustíveis cria um regime diferenciado de tributação dos biocombustíveis em relação aos combustíveis fósseis possibilitando que se reduza a competitividade entre eles.
Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados
