• 23 de abril de 2024

Pais de alunos do Colégio Militar Tiradentes acusam comandante da PMDF de querer acabar com a instituição

De acordo com o blog Radar DF, em matéria publicada nesta segunda-feira (10), um grupo de pais de alunos do Colégio Militar Tiradentes, mantido pela Polícia Militar do DF, reclamam que a comandante da corporação, coronel Sheyla Sampaio está trabalhando para fechar as portas da escola. Recentemente, a comandante-geral da PMDF determinou a transferência de 28 policiais do quadro da instituição que atuavam no auxílio aos professores, especialmente na condução de regras disciplinares.

Os pais reagiram a medida adotada, pois além de dificultar os trabalhos do colégio, também põe em risco a continuidade do funcionamento do estabelecimento de ensino que é considerado de qualidade. Em grupos de whatsapp e nas redes sociais, esses pais estão se organizando na tentativa de levar ao conhecimento do governador Ibaneis Rocha (MDB) a preocupação com a atuação da comandante na tentativa de sensibilizá-lo.

“Ao transferir os policiais monitores que auxiliam os professores nessa tarefa, o Comando-Geral afeta a base disciplinar, um dos pilares da instituição militar, e fere de morte a Escola Militar Tiradentes”, disse um militar da reserva ao blog Radar-DF que é pai de um aluno e pediu anonimato com medo que seu filho sofra retaliações.

Segundo o militar, os policiais transferidos são especializados em várias áreas do conhecimento tais como: professores PhD, psicólogos, psicopedagogos, ledores, transcritores, enfermeiros e auxiliares administrativos.

“Estamos falando aqui de muitos profissionais qualificados e com enorme conhecimento, experiência e dedicação nas atividades desenvolvidas. Isso não se adquire nem se substitui tão facilmente. Independente de civis ou militares, toda mudança abrupta poderá causar danos irreparáveis neste projeto que ainda está em grande fase de crescimento”, apontou mãe de um aluno que também pediu para não ser identificada.

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A medida tomada pela comandante Sheyla, pegou não só a direção da escola de surpresa como os próprios alunos que ficaram sem o transporte escolar e terão que caminhar alguns quilômetros até o Colégio Militar Tiradentes, dado a sua localização onde não passa ônibus das linhas convencionais no DF. Os quatro ônibus que servem aos alunos foram recolhidos.

Os pais dos alunos decidiram expor a situação com receio de que o colégio seja fechado devido as medidas do Comando-Geral da PMDF, pois a instituição, que tem seis anos de existência, se tornou a segunda escola militar do DF com melhor pontuação no ranking de desempenho medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O governo do advogado Ibaneis Rocha adotou o modelo de ensino militar compartilhado desde o início de sua gestão e a medida da coronel Sheyla está indo na contramão da postura do chefe do Buriti.

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O outro lado

A alegação da transferência dos 25 militares da escola seria em decorrência ao déficit de pessoal e que a PMDF terá que cumprir a sua área fim, que é a segurança e ordem pública.

O Comando-Geral também diz que nestas transferências apenas o quadro administrativo foi afetado e que nenhum professor regente foi tirado de sala de aula.

No entanto, deixou claro que há a possibilidade de ainda sair mais policiais militares do Colégio Militar se o Comando Geral entender ser necessário, mas apenas até o limite de não inviabilizar a qualidade geral da escola.

Quanto aos ônibus, a PMDF alegou que são veículos antigos o que impacta muitos investimentos em manutenção e que a medida não irá parar as atividades pedagógicas do Colégio.

Com informações do blog Radar DF

Expressão Brasiliense

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