A crise ocasionada pela chegada do novo coronavírus no Brasil agrava a situação de diversos segmentos econômicos, entre os quais o setor de turismo, considerado um dos mais afetados até agora. Com isso, os empresários hoteleiros buscam alternativas para continuar suas atividades, mantendo os empregos e as estruturas organizacionais, mas a situação deteriora-se à medida em que os meses avançam.
De acordo com a Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), 40,6% das empresas do setor tiveram que fechar as portas até agora. Já em relação às empresas do setor de alimentação, o quadro não é muito diferente. Estima-se que 34,3% dos empresários não conseguiram manter os negócios em funcionamento.
Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC) dão conta de que, desde o início da pandemia, o setor de turismo já acumula perdas da ordem de R$ 121,97 bilhões. Neste mesmo período, 275 mil postos formais de trabalho também deixaram de existir e a expectativa é de que, apenas em 2023, o faturamento do segmento volte nos patamares do período pré-pandemia.
“Estamos preocupados com a situação do turismo brasileiro. Os meses de abril, maio e junho trouxeram prejuízos que nunca poderíamos prever. Infelizmente, a situação tende a piorar, caso não tenhamos o suporte necessário do governo federal para atender as nossas empresas. Dentre os 68 sindicatos filiados à FBHA, 40% acreditam que pode haver um maior fechamento dos empreendimentos ligados à hospedagem e alimentação, futuramente, em virtude da pandemia”, explica Alexandre Sampaio, presidente da federação.
A FBHA busca, desde março, proposições de novas medidas, a serem adotadas pelas empresas e pelo Estado, para evitar um colapso econômico no setor. Atualmente, a entidade pleiteia junto ao poder público a implementação de mais linhas de financiamento durante o período de calamidade pública, além de ser a favor da prorrogação das Medidas Provisórias que minimizam os impactos negativos causados pela pandemia.
Matéria de divulgação da FBHA