Expressão Brasiliense O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, enviou um ofício ao presidente da Corte, Edson Fachin, solicitando a transferência da Primeira Turma, responsável por julgar as ações penais relacionadas à tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.
Atualmente, a Primeira Turma do STF é composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Alexandre de Moraes, além do próprio Fux. Caso o pedido seja aceito, o ministro poderá ser deslocado para a Segunda Turma, onde ficaria no lugar deixado por Luís Roberto Barroso, que se aposentou antecipadamente neste mês.
Na Segunda Turma, integram o colegiado os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques — grupo conhecido por protagonizar divergências em julgamentos de temas sensíveis, incluindo investigações da Lava Jato e ações penais de grande repercussão.
O presidente do STF, Edson Fachin, ainda não definiu prazo para decidir sobre o pedido de Fux. Nos próximos meses, a Primeira Turma deve analisar os núcleos 2 e 3 da tentativa de golpe, e ainda não há confirmação se o ministro permanecerá no colegiado para esses julgamentos.
Mudanças de turma não são incomuns no Supremo. Em 2017, por exemplo, Fachin deixou a Primeira Turma para integrar a Segunda, após a morte do então relator da Lava Jato, Teori Zavascki, em um acidente aéreo.
No entanto, nos bastidores pairam as suspeitas de que Fux não está se sentido confortável por estar divergindo de seus colegas ministros nas ações relacionadas aos atos do 8 de janeiro.
Nos corredores do STF, assessores dos ministros comentam que o clima entre Fux e demais integrantes da 1ª Turma azedou.
Foto: Gustavo Moreno/STF
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