Depois de muito suspense, enfim, o senador Reguffe, do União Brasil, resolveu sair da toca e anunciou nesta sexta-feira (24) que é pré-candidato ao governo do Distrito Federal (GDF) nas eleições deste ano. A revelação foi feita por meio de um vídeo gravado divulgado em suas redes sociais e não contou com a presença de nenhum de seus apoiadores.
Apesar de toda a expectativa em torno de sua candidatura, o senador demonstrou que ainda não está preparado para assumir um cargo no Executivo. No vídeo, Reguffe diz que vai se candidatar, mas que ainda precisa construir um programa de governo. Ou seja, ele e o grupo que o apoia não possuem propostas para apresentar à população brasiliense, o que deixa claro que as intenções deles são outras.
Uma pergunta que não quer calar nos bastidores é: por que ele fez esse anúncio sozinho? Talvez por medo de mostrar a cara daqueles que o rodeiam. Como ainda está como pré-candidato, Reguffe pode deixar seus aliados falando sozinho, pois somente após as convenções partidárias é que ele realmente se torna candidato.
Caso Reguffe saia mesmo candidato, vai ser difícil ele explicar ao eleitor que tem ao seu lado aliados que estão na mira da Justiça como o suplente de senador, Luis Felipe Belmonte, do PSC, o ex-deputado Luiz Pitman, do Podemos, e o empresário Eduardo Pedrosa, irmão da ex-deputada e pré-candidata, Eliana Pedrosa, e pai do distrital, Eduardo Pedrosa.
Além desses, outras raposas da velha política já estão integradas ao time do senador Reguffe. Como bem disse o agora pré-candidato ao GDF no vídeo, ele e seus apoiadores fizeram um “pacto” para o bem de Brasília.
O medo do eleitor é que esse pacto tenha sido celebrado com o tal diabo de duas cabeças, que usa saia e está disposto a torrar sua fortuna na campanha, desde que depois ele possa meter a mão à vontade.
Para quem finalizou o vídeo se apresentando como uma alternativa e garantindo que não vai transigir seus princípios, está difícil de engolir esse “pacto” para o bem do DF que ainda não tem nenhuma proposta clara para apresentar ao eleitor.
Como o senador gosta de tomar suas decisões de forma bem pensada, quem sabe quando chegar as convenções ele não deixe o capeta falando sozinho. É bom avaliar, nobre senador. A sua história e trajetória política estão bem acima desse mundo que o cão está lhe oferecendo.
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