A representação apresentada pelo PL junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) questionando o resultado das urnas não agradou os aliados do PP e Republicanos. Dirigentes das duas siglas alegam que não foram consultados e que, portanto, os partidos não querem fazer parte da ação do PL na Justiça Eleitoral.
O deputado Cláudio Cajado, do PP-BA, presidente em exercício da legenda, reiterou que o partido não foi consultado e não pode ser prejudicado devido a uma decisão tomada por Valdemar Costa Neto, presidente do PL.
“O Partido Progressista vai apresentar recurso porque nós não autorizamos a ação. O presidente Valdemar, como representante da coligação, entrou em nome da coligação, mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados e como podemos ser penalizados?”, questionou Cajado referindo-se a multa de mais de R$ 22 milhões aplicada pelo TSE a coligação que o PP, o Republicanos e o PL compuseram para apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República.
Pelo lado do Republicanos, o presidente do partido, deputado Marcos Pereira, de SP, também se manifestou contrário a decisão unilateral tomada por Valdemar.
“Não tenho nada a ver com isso, (a legenda) só está ali por uma formalidade. Eu não fui consultado se era para entrar com essa ação ou não. E, se fosse, teria dito que não. Nós não comungamos dessa opinião”, declarou o dirigente republicano.
As duas legendas planejam solicitar ao TSE que não sejam incluídas como parte da ação. Em suma, o PP e o Republicanos vão deixar o PL e Valdemar falando sozinhos.
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