As cúpulas do PT, PV e PC do B oficializaram à Justiça Eleitoral a criação de uma federação partidárias entre as siglas. A formalização da união entre as legendas tem como objetivo unir forças para encarar as urnas tendo em vista que os resultados dos últimos pleitos apontaram que esses três partidos perderam espaço. No entanto, a federação gerou um imbróglio aqui no DF, pois cada uma dessas legendas tem seu próprio pré-candidato ao GDF, no caso do PT, tem até dois.
De acordo com as regras estabelecidas para dividir o poder entre os partidos, o PT vai sempre levar vantagem sobre os demais, pois um dos critérios é o da proporção dos votos obtidos por cada legenda nas eleições para a Câmara dos Deputados de 2018. Com base nessa regra, os petistas argumentam que eles devem liderar as chapas que vão concorrer os governos estaduais.
Como aqui no DF, o PT ainda não se entendeu por causa da disputa de cabo de guerra entre o ex-deputado Geraldo Magela e a sindicalista Rosilene Côrrea pela indicação do partido para o Buriti, os outros dois pré-candidatos tentam avançar com seus projetos.
Do lado do PV, o distrital Leandro Grass vem tentando a todo custo se projetar e se tornar mais conhecido, contudo, o esforço empreendido não tem sido o suficiente. As últimas sondagens realizadas junto ao eleitorado brasiliense indicam que Grass não é lembrado nem mesmo pela sua atuação parlamentar. Ou seja, o seu rendimento e desempenho como distrital estão abaixo de zero.
Já o pré-candidato do PC do B, João Goulart Filho, só é conhecido no meio político por ser o herdeiro do presidente Jango que foi deposto pelo golpe militar de 1964. Em 2018, se aventurou como candidato para presidente da República e amargou o último lugar obtendo um pouco mais de 30 mil votos. As chances do comunista ser o indicado pela federação são mínimas.
Desses quatro pré-candidatos que a federação possui no DF, o mais experiente é o Magela. No entanto, o diretório regional do PT na capital federal quer empurrar Rosilene goela abaixo, porém, a militância petista, que em sua ampla maioria simpatiza com o ex-deputado, sinalizou que não aceita a sindicalista.
Com isso, a Federação Brasil Esperança, como foi intitulada a união partidária, já nasce no DF rachada, dividida e sem força política para figurar entre os protagonistas na disputa ao GDF. O sentimento entre a ‘companheirada’, os ‘ecoverdes’ e os ‘comunistas’ é que eles, mais uma vez, vão passar vergonha quando as urnas se abrirem.
Dada a previsão de naufrágio, a esperança dessa federação é que Lula se eleja e ele arrume uma ‘boquinha’ na Esplanada dos Ministérios.
Dada a importância de se fazer presente na campanha do ex-presidente petista, as cúpulas das três legendas devem se engalfinhar para garantir um lugar ao sol no palanque de Lula, pois quem não é visto, não é lembrado.
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