José Fernando Vilela No último sábado (19), o partido Cidadania se reuniu para decidir qual o rumo tomar nas eleições deste ano. Os filiados a legenda votaram pela rejeição da união com o Podemos e aprovaram a criação de uma federação com o PSDB. Falta agora os tucanos aprovarem.
A decisão do partido em querer se unir a legenda tucana vem de encontro as articulações que estavam em andamento envolvendo os senadores Izalci e Leila do Vôlei e a deputada Paula Belmonte. Os três parlamentares querem marchar juntos nas eleições e um grande passo para isso foi dado pelas cúpulas de seus partidos.
No entanto, a federação entre Cidadania e PSDB joga um balde de água fria nas pretensões do senador José Antônio Reguffe, do Podemos, de querer fazer parte do ‘clubinho’, a não ser que troque de legenda.
Fontes ligadas aos três partidos dão como certa a união entre os tucanos e os comandados de Roberto Freire. E garantem que o Podemos vai ficar isolado. Esse isolamento pode também acontecer com Reguffe, já que seu colega Izalci quer se candidatar ao GDF e não vai aceitar que o senador, que está no fim de seu mandato, sente na janela em seu lugar.
Na visão de alguns estrategistas políticos que conversaram com o Expressão Brasiliense, a melhor saída para Reguffe será aceitar concorrer ao Senado ou Câmara dos Deputados se ele ficar no Podemos.
Além dessa união entre as duas siglas, ainda existem articulações que podem isolar ainda mais o senador Reguffe. Logo que foi divulgado a aprovação da criação da federação, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, disse que o Cidadania se junta a eles “na tentativa de uma construção de convergências ainda maior, com o diálogo em andamento entre MDB e União Brasil”.
Ou seja, se for criada uma federação envolvendo o Cidadania, PSDB, MDB e União Brasil, os planos de Izalci, Leila e Paula Belmonte vão para o ralo. Nas negociações em andamento, quem tiver governador filiado terá preferência para concorrer à reeleição, nesse caso, se a união entre os partidos vingar, Ibaneis Rocha terá os três parlamentares como seus cabos eleitorais.
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