A disputa entre as duas ex-ministras Damares Alves, do Republicanos, e Flávia Arruda, do PL, para ter o apoio do ex-chefe para concorrer ao Senado Federal pelo Distrito Federal ainda está longe do fim. Durante entrevista ao Café Expressão, programa de entrevistas do Expressão Brasiliense, na noite de quarta (11), o presidente do Republicanos-DF, Wanderley Tavares, afirmou que é o presidente Jair Bolsonaro, do PL, quem vai dar a palavra final sobre qual das duas vai concorrer para o Senado.
Segundo o dirigente, todas as candidaturas ao Senado do PL, do Republicanos e do Progressistas estão sendo articuladas pelo próprio Jair Bolsonaro. Wanderley Tavares afirma que isso faz parte de um acordo estabelecido entre as cúpulas dos três partidos e que apenas recebeu o comunicado que Damares Alves era a pré-candidata ao Senado do partido no DF.
“Damares teve a opção de escolher por onde ela iria concorrer. Veio para Brasília. Aí é o Bolsonaro quem vai ter que dizer o que que ela vai ser. A Flávia (Arruda) a mesma coisa. Não tenha dúvidas disso. Eu estou muito tranquilo em relação a isso porque não é um movimento de um diretório local. Essa decisão veio de cima”, explicou.
Bolsonaro é quem vai resolver
O presidente do Republicanos-DF disse que esse impasse em relação as duas ex-ministras vai ser solucionado única e exclusivamente por Bolsonaro.
“Existem muitas candidaturas que estão ligadas diretamente ao projeto Bolsonaro, principalmente, para o Senado. Então, independente da pessoa já estar ligada a um governador, como é o caso do Ibaneis que tem uma pré-candidata, aquele núcleo, aquela base nossa que está ali formada vai ser o palanque para o Bolsonaro nas eleições”, apontou Wanderley.
Chapa avulsa
Ao ser questionado sobre uma eventual resistência por parte do governador Ibaneis em querer que Flávia seja a candidata ao Senado de sua chapa e não Damares, Wanderley revelou que também está trabalhando com a hipótese de o partido ter uma candidatura avulsa. Para o dirigente, caso o cenário caminhe para isso, Ibaneis terá três candidatos ao Senado apoiando sua reeleição.
“Você vai ter Paulo Octávio, Damares e Flávia, três candidatos para o Senado puxando voto, com estrutura de campanha pesada, que é muito maior que para federal, em prol de um nome só. Então, veja bem, para o governador isso não é ruim”, argumentou o republicano.
Fortalece a oposição
No entanto, Wanderley Tavares pondera que ao ter três candidatos da mesma base concorrendo a uma só vaga para o Senado coloca a oposição em vantagem.
“Isso acaba elegendo o candidato da esquerda. É interessante ter um diálogo que chegue a uma conclusão e a um entendimento”, defende o dirigente.
Ainda durante a entrevista, Wanderley Tavares descartou a possibilidade de haver um futuro rompimento com o grupo liderado pelo emedebista Ibaneis caso a legenda concorra como chapa avulsa ao Senado. O dirigente também falou sobre as candidaturas proporcionais e a aliança que o partido tem com o atual governo.
Assista abaixo a íntegra da participação do republicano Wanderley Tavares no Café Expressão:
Fotos: Fabiana Oliveira/Destaque DF