Vice-líder do Republicanos na Câmara dos Deputados, o federal reeleito pelo DF, Julio Cesar, disse, na edição do Café Expressão do dia 3 de novembro, que seu partido não vai fazer parte da base de apoio político no Congresso Nacional ao governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva, que assume a presidência da República no próximo ano.
A legenda, que é composta praticamente por líderes religiosos, em especial, do segmento evangélico, marchou com o candidato derrotado do PL e atual presidente da República, Jair Bolsonaro, na disputa presidencial. Julio afirmou que apoiar o novo governo do Lula seria uma posição bem contraditória para o Republicanos.
“Não seria uma coerência daquilo que nós estamos falando há um bom tempo. Quando a gente foi vice (do Lula, de 2003 a 2010, com José Alencar), nós não tínhamos conhecimento de tudo aquilo que aconteceu no País nos últimos anos. Nós deixamos claro isso ao longo do tempo, que nós somos da direita”, destacou o parlamentar.
“Não seria uma coerência daquilo que nós estamos falando há um bom tempo. Quando a gente foi vice (do Lula, de 2003 a 2010, com José Alencar), nós não tínhamos conhecimento de tudo aquilo que aconteceu no País nos últimos anos. Nós deixamos claro isso ao longo do tempo, que nós somos da direita”, destacou o parlamentar. Congresso mais conservador
Sobre as relações do Congresso com o novo governo, Julio Cesar frisou que Lula encontrará um parlamento com um perfil mais conservador.
“Hoje temos uma bancada evangélica que é grande. Naquele tempo, não tínhamos um bom número de parlamentares, mas, hoje, o segmento evangélico tem uma representatividade bem expressiva no Congresso Nacional”, pontuou o republicano.
Republicanos segurou candidatura de Reguffe
Durante a entrevista, ao ser questionado sobre um suposto rompimento do Republicanos com o atual governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, que foi reeleito já no 1º turno, para apoiar o senador Reguffe, hoje sem partido, mas que estava filiado ao União Brasil, na corrida ao Buriti, o federal reeleito avaliou que a atuação do partido ajudou a impedir que o pretenso candidato se lançasse e atrapalhasse o emedebista na disputa ao GDF.
“Nós ajudamos, de uma forma indireta, que o Reguffe não se criasse. O Reguffe queria muito ser candidato ao governo e acredito que a ida dele como candidato talvez levaria (a disputa) para o segundo turno. E ele queria fazer uma parceria com o Republicanos, mas nunca conseguiu”, revelou Julio Cesar.
“Nós ajudamos, de uma forma indireta, que o Reguffe não se criasse. O Reguffe queria muito ser candidato ao governo e acredito que a ida dele como candidato talvez levaria (a disputa) para o segundo turno. E ele queria fazer uma parceria com o Republicanos, mas nunca conseguiu”, revelou Julio Cesar. O parlamentar mencionou que na época em que o partido se reuniu para decidir se romperia ou não com Ibaneis, ele, juntamente com os federais eleitos, Fred Linhares e Gilvan Máximo, e os distritais, Martins Machado e Delmasso, se posicionaram contrários a aliança com Reguffe.
Ainda no decorrer da entrevista, o parlamentar falou sobre suas propostas para o seu segundo mandato na Câmara, a expectativa quanto ao segundo governo de Ibaneis Rocha, entre outros assuntos.
Veja a seguir a íntegra da participação do deputado Julio Cesar no Café Expressão:
Fotos: Jefferson Eduardo/Hoogli
