A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta terça-feira (24/09/2019), em Valparaíso (GO), dois suspeitos de envolvimento no assassinato de Kazimerz Wojno, conhecido como padre Casemiro, 71 anos. A corporação está à procura de outros dois acusados de participar do crime.
As informações foram dadas em coletiva de imprensa na noite desta terça, pelo delegado-chefe da 2ª DP (Asa Norte), Laércio Rosseto. Até o fim da tarde, havia a confirmação de apenas uma prisão. Com os suspeitos, a polícia apreendeu um notebook, três garrafas de uísque Red Label, um celular, um moletom, um relógio, uma corrente de ouro e chaves de carros. O delegado acredita que o crime tenha siso premeditado.
A detenção foi feita por investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), com apoio da Divisão de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA). Os nomes dos suspeitos são mantidos em sigilo. Eles foram ouvidos à tarde.
Os bandidos fizeram uma emboscada no momento em que Kazimerz fiscalizava uma obra nos fundos da paróquia. Os criminosos também imobilizaram o caseiro do templo, José Gonzaga da Costa.
“Eles amarraram muito forte o arame, que estava todo torcido. Vi o policial tentando tirar, estava muito difícil”, conta uma das testemunhas, que chegou com a polícia ao local. Relata ainda que o caseiro foi criado pelo pároco desde os 16 anos. Após ser libertado, José Gonzaga teria dito, ainda segundo a declarante: “Pai, você me deixou”.
O funcionário da casa paroquial ainda estava com a boca cheia de plástico.
Cofres
De acordo com a polícia, a casa tinha cofres modernos e os criminosos estavam preparados para arrombá-los. Sabiam onde estavam. “Tinha cofre de um metro e meio de altura”, pontuou. Os bandidos levaram uma “makita”, pé-de-cabra, barras e picaretas.
As pessoas estão sendo ouvidas e as informações são conflitantes. Há pontos divergentes e que não estão ainda esclarecidos. Os suspeitos ouvidos podem não ter atuado diretamente no crime, mas, sim, de forma indireta. Ainda é cedo e precisamos ter cautela”, afirmou Rosseto, durante o fim de semana.
A polícia tem imagens da movimentação dos suspeitos. Uma das gravações mostra o rosto de um investigado. O conteúdo ainda está sendo analisado e, por isso, é mantido sob sigilo. Rosseto revelou que uma das linhas de apuração suspeita de moradores de rua da região. “Ele (Casemiro) era uma pessoa muito austera e correta”, ressaltou. “Estamos checando se houve desavença com algum morador de rua”, completou.
(Com informações adaptadas do Metrópoles)