• 17 de abril de 2024

O FINO DA POLÍTICA | Do mesmo grupo político, Flávia Arruda, Paulo Octávio e Damares Alves vão bater chapa para o Senado

Do mesmo grupo político, Flávia Arruda, Paulo Octávio e Damares Alves vão bater chapa para o Senado

Foto: Reprodução/Google Imagens

Apesar de muitos analistas e estrategistas políticos considerarem que a eleição para o Senado Federal no DF já está decidida, o cenário para a disputa da única vaga a ser preenchida neste ano aponta que nada está definido, principalmente, no grupo político liderado pelo governador Ibaneis Rocha, do MDB.

Atualmente, a deputada Flávia Arruda, do PL, é a candidata oficial do emedebista. No entanto, outros apoiadores de seu governo, como o empresário e ex-vice-governador, Paulo Octávio, do PSD, e a ex-ministra Damares Alves, do Republicanos, estão dispostos a pleitear a vaga na chapa de Ibaneis.

Candidatura independente

Durante entrevista para o Café Expressão, programa do Expressão Brasiliense, na última quarta-feira (20), Paulo Octávio afirmou que vai ser candidato mesmo que fique definido que Flávia Arruda seja a candidata da chapa de Ibaneis Rocha. PO disse de forma categórica que não precisa de coligação para concorrer. Ou seja, o empresário prevê que pode até se lançar como candidato independente, sem deixar de apoiar Ibaneis para o GDF

“Com a reforma política, eu posso concorrer sozinho. Eu não preciso de coligação”, destacou durante a entrevista. “Eu não vejo problema nenhum em concorrer contra a Flávia”, sustentou PO.

Anúncio oficial

Já a ex-ministra Damares Alves ainda não confirmou se realmente vai concorrer ao Senado, mas aliados da pastora tem propagado a notícia por toda a capital federal. Falta ela fazer aquele anúncio oficial. Há rumores de que a sua pré-candidatura seja confirmada no decorrer desta semana. Vamos aguardar. Pelo menos, o domicílio eleitoral Damares mudou para o DF.

Mirando a vice

Segundo uma fonte ligada ao Republicanos, a real intenção da cúpula do partido é fazer com que Damares entre para a chapa majoritária de Ibaneis Rocha como vice. Caso ocorra, a ex-ministra vai aglutinar o apoio dos bolsonaristas para Ibaneis.

No entanto, muitos Republicanos não gozam da confiança do governador, o que faz com que eles fiquem distantes de integrar a majoritária. As puladas de cerca de algumas ovelhas republicanas ainda não foram esquecidas lá pelas bandas do Palácio do Buriti.

Só em junho

Quanto a vaga de vice-governador ou vice-governadora de Ibaneis Rocha, a decisão deve ficar para junho, segundo o próprio governador. Nos bastidores, o que se sabe é que tem muita gente de olho na vaga e que Ibaneis vai escolher alguém que seja de sua total confiança. Nesse quesito, tem gente que já dançou.

TSE recebe pedido oficial de federação entre PT, PV e PC do B e legendas devem brigar pela indicação ao GDF

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No sábado (23), o PT, PV e PC do B oficializaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de registro de uma federação partidária entre eles. Novidade nas eleições deste ano, a federação permite que dois ou mais partidos se unam, porém passam a atuar como uma só legenda durante o período de quatro anos.

Com isso, aqui no DF, as três siglas devem agora decidir quem será o candidato da federação ao GDF. Pelo PT, já existem dois pré-candidatos: Geraldo Magela e Rosilene Côrrea. Pelo PV, o pré-candidato é o distrital Leandro Grass e pelo PC do B, João Goulart Filho, foi anunciado como pré-candidato ao governo. A disputa está acirrada entre os ‘companheiros’.

PSB, PSol e Rede devem se coligar com federação

Com a decisão do PT, PV e PC do B de criar uma federação, o PSB já sinalizou que quer se coligar com eles. Já os partidos PSol e Rede, também querem criar uma federação e devem se juntar aos ‘companheiros da esquerda’ por meio de uma coligação, porém falta oficializar a união entre as duas legendas.

Aqui no DF, o PSB tem como pré-candidato ao GDF, o ex-secretário Rafael Parente e o PSol, Keka Bagno. Se a coligação entre as duas federações e o PSB se concretizar, eles passam a ter seis pré-candidatos ao GDF. Ocorre que se juntar todos esses postulantes da esquerda, de acordo com as pesquisas eleitorais, eles não conseguem ultrapassar a barreira dos dois dígitos nas intenções de votos.

Herdeiros de JK e Roriz vão tentar se eleger em outubro

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Nas eleições deste ano, o eleitor brasiliense vai se deparar com herdeiros de dois políticos que fazem parte da história de Brasília: André Kubitschek, bisneto de JK, fundador da cidade; e Joaquim Roriz Neto, neto de Joaquim Roriz, que governou o DF por quatro mandatos.

Os dois carregam a política na veia de forma direta e não somente por parte de seus avôs, pois também são filhos de políticos. André é filho do ex-vice-governador Paulo Octávio e Roriz Neto da ex-deputada Jaqueline Roriz. A aposta das duas famílias é que os dois consigam se eleger e dar sequência ao legado de Kubitschek e Roriz.

Cargos distintos

No campo da disputa eleitoral, eles não devem se enfrentar. André Kubitschek ainda não anunciou qual cargo vai concorrer, mas tudo indica que vai tentar se eleger para a Câmara dos Deputados. Essa será a primeira vez de André numa eleição. Ele está filiado ao PSD, que é presidido por PO.

Já Roriz Neto, que disputou as eleições de 2014 e 2018 para deputado federal e não obteve êxito, optou em concorrer para distrital neste ano. Segundo ele, as experiências anteriores o fizeram enxergar que ele precisava mostrar trabalho e acabou tendo essa oportunidade no governo Ibaneis. Joaquim Roriz Neto foi subsecretário da Secretaria de Atendimento à Comunidade. Roriz Neto é uma das apostas do PL para a CLDF. O ato de sua filiação ao partido contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, que também faz parte da legenda.

Dirigentes partidários não honram compromissos

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A pré-campanha mal começou e já tem pré-candidato reclamando de dirigente partidário. No decorrer das articulações e movimentações para se filiar a um partido, teve gente que fez promessas que não foram honradas. A falta de compromisso de alguns dirigentes demonstra que algumas velhas práticas ainda fazem parte do cotidiano da política. Segundo um dos enganados, sem contar com o apoio e a estrutura prometida, a melhor opção é deixar o dirigente falando sozinho e não se candidatar.

Pré-candidato a distrital quer fazer dobradinha com todo mundo

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Já outro enganado nesse período de pré-campanha relatou para a coluna O Fino da Política que fechou acordo com um pré-candidato a distrital para apoiá-lo a federal e de repente fica sabendo que o pseudoaliado está trabalhando para outro pré-candidato a deputado federal numa outra região administrativa do DF. A prova do crime é a foto nas redes sociais.

Curiosamente, ao chegar numa outra cidade, ele foi avisado pela equipe que o mesmo pré-candidato apoiava outra pessoa e não ele naquela região. O pré-candidato enganado disse para a coluna que na hora certa, o espertalhão vai receber o que merece. Pelo visto, as traições começaram cedo neste ano.

* José Fernando Vilela é editor-chefe e colunista deste portal. A coluna O Fino da Política é publicada todos os domingos.

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José Fernando Vilela

José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado), partidos políticos, parlamentares e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É presidente da ABBP - Associação Brasileira de Portais de Notícias - desde 2021.

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