Disputa pela vaga de vice na chapa de Celina Leão esquenta nos bastidores
As movimentações nos bastidores da política brasiliense estão pegando fogo. Neste domingo (23), faltam exatamente 1 ano, 7 meses, uma semana e quatro dias para o primeiro turno das eleições de 2026, e a disputa pela vaga de vice na chapa da futura candidata à reeleição, Celina Leão, do PP, tem sido a principal pauta nas rodas de conversa entre políticos e analistas. Alguns já dão como certo que o escolhido para o posto será um nome do Republicanos. Entre os ‘irmãos’ que disputam a vaga, há quem espalhe pela cidade que já comprou o terno para a posse. No entanto, outras siglas e até mesmo pessoas que ainda não estão filiadas a nenhuma legenda começam a surgir no cenário. Fontes ligadas ao MDB sustentam que o vice de Celina será do partido de Ibaneis Rocha. A legenda não quer perder a posição de protagonista. Hoje, o MDB comanda tanto o GDF quanto a CLDF, e a administração de Ibaneis é vista como uma vitrine do partido para 2026.
Já entre os possíveis indicados ao cargo de vice que ainda não possuem vínculo partidário figuram três nomes que hoje integram a equipe de Ibaneis no GDF: José Humberto Pires, o Pezão, secretário de Governo; Gustavo Rocha, da Casa Civil; e Ney Ferraz, da Economia. Há rumores de que Ibaneis queira um nome de sua confiança ao lado de Celina, para garantir sua volta ao GDF em 2030. O emedebista sabe que, em política, não se pode confiar 100% em aliados distantes, e por isso as chances dos três citados são grandes. Eles integram o núcleo que toma as decisões dentro do GDF. Vamos continuar acompanhando para saber como as peças do tabuleiro vão se movimentando. Como se diz por aí, até 2026 tem muita água para passar debaixo da ponte.
Além de sem rumo, esquerda brasiliense está dividida
Apesar da volta de Lula para o Planalto, a esquerda brasiliense vive o dilema de tentar se reorganizar para as próximas eleições. Nos bastidores, analistas políticos apontam que os partidos de esquerda na capital estão à deriva, sem rumo. No último pleito eleitoral, as legendas esquerdistas tiveram um desempenho considerado fraco perante as expectativas geradas com o retorno de Lula ao cenário político. Com as eleições de 2026 se aproximando, parlamentares e grupos políticos da corrente começaram a se articular, em busca de alianças mais robustas e que tenham mais força nas urnas. No entanto, a ‘companheirada’ está dividida. O PT-DF, partido de Lula, quer monopolizar o protagonismo e distribuir as cartas do jogo sobre a mesa, mas as outras siglas estão se organizando para seguir seu próprio caminho, sem os petistas. Já se especula a formação de uma aliança sem a participação do PT. Parlamentares e lideranças de outras siglas estão se reunindo frequentemente para definir estratégias e realizar mobilizações junto ao eleitorado. Nessas andanças dos ‘companheiros’ de fora do PT pelo DF, o pessoal tem percebido que a rejeição e a insatisfação com o governo Lula estão crescendo em ritmo acelerado por estas bandas. Muitos deles estão sentindo dificuldade para cooptar apoios devido ao vínculo indireto com o governo do petista. Se essa situação não mudar até o ano que vem, a tendência é que os esquerdistas tenham mais de um candidato na disputa pelo GDF. Para Lula, no entanto, essa divisão pode ser vantajosa, pois ele poderá contar com vários palanques defendendo seu nome no DF.
Izalci é testado pelos liberais como líder da oposição no Congresso Nacional
Prestes a completar um ano de filiação ao PL, o senador Izalci Lucas foi submetido a um ‘teste de fogo’ pelos colegas liberais. Ele foi indicado para responder pela liderança da oposição no Congresso Nacional. Apesar de ter muitos amigos no PL, o ex-tucano ainda enfrenta muita resistência dentro da legenda. Ainda mais porque ele tem se esforçado muito para transparecer que é um ‘bolsonarista legítimo’. Izalci mudou de estilo até nas roupas para seduzir os aliados de Jair Bolsonaro, passando a usar mais camisas com as cores da bandeira do Brasil. Antes, ele não se expunha muito na defesa do bolsonarismo. Agora, o parlamentar faz discursos inflamados defendendo o ex-presidente e atacando o atual governo, coisa que não se via quando ele era vice-líder do governo Bolsonaro. Na época, muitos senadores chegaram a questionar sua indicação para a função devido à falta de posições mais contundentes do então tucano na defesa da administração bolsonarista. Izalci vai ter que mostrar muito trabalho se quiser conquistar a confiança dos liberais e dos bolsonaristas ‘raiz’. Vale destacar que o senador mantém firme a sua posição de querer disputar o GDF em 2026 pelo PL. Contudo, a direção do partido vem sinalizando alinhamento com o projeto de Celina Leão. O senador precisa entender que política é feita de gestos e ele tem que dar um passo de cada vez. Primeiro, vai ter que mostrar que deixou o ‘tucanismo’ para trás para depois pedir para sentar na janela visando ter mais espaço político. Bom, a posição de líder da oposição no Congresso Nacional vai ser crucial para o ex-tucano. Boa sorte!
Wellington Luiz cai nas graças dos servidores da CLDF com inauguração do restaurante do Sesc
Uma das demandas mais antigas dos servidores da Câmara Legislativa do DF (CLDF) finalmente foi atendida. Desde que a nova sede foi inaugurada, em agosto de 2010, que muitos servidores aguardavam a instalação de um restaurante no local. Eis que o atual presidente da Casa, o deputado Wellington Luiz, do MDB, resolveu ousar e teve a coragem e competência de conseguir celebrar um convênio com a Fecomércio-DF, liderada pelo empresário José Aparecido Freire, para instalar um restaurante do Sesc na CLDF. Na última sexta-feira (21), esse desejo dos servidores se tornou realidade. Agora, o parlamento distrital passa a dispor de um restaurante, que além de atender os colaboradores da Casa, poderá ser utilizado pelos trabalhadores da região e pela população que visita ou vai até a CLDF participar de alguma reunião ou audiência com os parlamentares. Os restaurantes do Sesc são reconhecidos pela qualidade do buffet oferecido e pelos preços acessíveis. Wellington Luiz caiu nas graças dos servidores da CLDF e será lembrado por muito tempo por não ter medido esforços para sanar essa pendência que outras gestões prometiam, mas que ficava apenas no discurso.
Enquanto Ibaneis e parlamentares da segurança lutam para reajustar salários dos policiais e bombeiros, a oposição faz frente para Lula vetar a proposta
Logo após assumir o seu segundo mandato de governador do DF, Ibaneis Rocha se comprometeu com as forças de segurança da capital federal em buscar meios para reajustar os salários dos policiais civis e militares e bombeiros. Na semana passada, Ibaneis assinou uma proposta de aumento salarial para as três categorias num evento realizado em frente ao Palácio do Buriti que deixou seus oponentes enciumados. Na CLDF, parlamentares da oposição criticaram a maneira que Ibaneis está conduzindo o processo e disseram que Lula deve vetar a proposta por não ter participado das negociações. Um dos distritais da oposição chegou a dizer que o presidente petista vai se recusar a conceder o reajuste. É bom lembrar que os salários das forças de segurança do DF são custeados pelo Fundo Constitucional. Apesar do dinheiro vir por meio de um repasse da União para o GDF, os recursos são administrados pelo governo local e não pelo Planalto. Em suma, quem define onde e como a verba será utilizada é o GDF e não o governo federal. A chiadeira da oposição se deve pelo simples fato de Ibaneis não ter ido pedir a benção de Lula para a proposta como eles queriam. Essa história de que é o presidente que concede o reajuste das forças de segurança não passa de balela. E a atitude de Ibaneis Rocha de assinar a proposta perante parte da tropa das três instituições demonstrou que o emedebista é benquisto pelos policiais e bombeiros, e que eles estarão ao seu lado quando o governador tiver que se reunir com Lula para debater o reajuste. Os defensores do presidente petista não estão sabendo deixar de lado a disputa política para beneficiar milhares de policiais civis e militares e bombeiros do DF que estão com seus salários defasados há muito tempo. Portanto, esse discurso da oposição de que se o reajuste não sair é culpa de Ibaneis por não ter ido ao Planalto antes de enviar a proposta, não passa de manobra para esconder as reais intenções deles que é prejudicar a atual gestão do GDF e a população que depende dos serviços de segurança e proteção das três corporações.
Mistério da semana
- Qual seria a Administração Regional que está sob tensão devido aos rumores de troca de comando? O parlamentar que é apontado como padrinho político da região deve substituir os traíras prontamente, pois o povo nem saiu do cargo e já está enganchado em outro grupo político. Mistério…
- Qual seria a pessoa que optou em trocar um cargo de 50 por um de 22 por causa das vantagens e outras benesses que a nova função pode lhe oferecer? Mistério…
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Já trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do Expressão Brasiliense, e é presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias – desde 2021. Apresenta o programa Viva a sua Cidade, de segunda a sexta, das 11h às 13h, na rádio Viva FM 101.3. E apresenta o podcast Café Expressão, pela TV Expressão no YouTube, entrevistando autoridades políticas, parlamentares, dirigentes de entidades representativas, artistas, empresários, profissionais liberais, entre outros.
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