Chico Vigilante diz que Republicanos participou de todos os governos do PT e vai ‘participar desse também’
A declaração dada pelo deputado federal reeleito pelo Republicanos, Julio Cesar, na noite de quinta-feira (3), durante participação no Café Expressão, de que a legenda não fará parte da base do governo Lula foi contestada pelo distrital Chico Vigilante, do PT. Chico questionou esta coluna se acreditávamos no que foi dito pelo federal. O deputado distrital, que é um dos fundadores do PT na capital, lembrou que o Republicanos, na época PRB, participou do governo Lula.
“Eles participaram de todos os governos do PT e irão participar desse também”, afirmou Vigilante.
Cotado para a vice-presidência da CLDF
E falando de Chico Vigilante, o nome do petista está sendo ventilado nos bastidores como possível vice-presidente da Câmara Legislativa do DF (CLDF). Há rumores de que nas negociações em andamento para a composição da mesa diretora que assume o comando da casa a partir de janeiro, a vaga de Chico, na vice-presidência, já é martelo batido.
Marcos Pereira declarou que não será base de Lula
Na última sexta-feira (4), o presidente do Republicanos, o deputado federal reeleito por SP, Marcos Pereira, homem de confiança do bispo Edir Macedo, fez uma declaração para um veículo de comunicação garantindo que a legenda não fará parte da base de sustentação do governo Lula. O anúncio de Marcos Pereira confirma o que foi dito pelo deputado Julio Cesar no Café Expressão. No entanto, nos bastidores, os comentários dão conta de que a tal ‘postura independente’ anunciada vai ser mais para inglês ver e que os republicanos vão votar de acordo com os interesses do novo governo. Vamos acompanhar.
Comissão de transição do governo Ibaneis inicia os trabalhos de planejamento do segundo mandato
A partir da próxima segunda-feira, dia 7 de novembro, tem início os trabalhos da comissão de transição criada pelo governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, para tratar do planejamento de ações de seu segundo mandato, que começa a partir do dia 1º de janeiro de 2023. Para compor a comissão, Ibaneis escalou pessoas que já integram o seu governo e que são de sua extrema confiança.
A comissão é composta pelo secretário de Planejamento, Ney Ferraz, que vai presidir os trabalhos, pelo secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, pelo secretário de Governo, José Humberto Pires, pelo secretário de Comunicação, Welington Moraes, e pelo consultor jurídico do DF, Rodrigo Becker. Tudo indica que esse pelotão seguirá com Ibaneis Rocha no seu segundo mandato.
De acordo com o decreto assinado por Ibaneis, a equipe da comissão tem até o dia 7 de dezembro para elaborar o plano de ação para a gestão 2023-2026 do emedebista.
Disputa nos bastidores
Com a criação da comissão de transição do governo Ibaneis, nos bastidores, parlamentares eleitos e não eleitos, grupos políticos, candidatos derrotados e, até mesmo, atuais secretários de estado, começaram a se movimentar em busca de um lugar ao sol no novo governo Ibaneis. O sentimento no meio político é que o próximo governo de Ibaneis Rocha tem tudo para fazer uma boa gestão e quem estiver dentro, com certeza, também colherá os frutos. O problema é que tem muita gente.
Promessas de campanha
Mesmo com toda essa movimentação, o Buriti tem optado pela discrição e não fez nenhum sinal para os aliados. A única certeza que se tem é que Ibaneis Rocha dará prioridade às alianças e promessas feitas durante a campanha. O emedebista está ciente do tamanho do compromisso que assumiu e, para que isso não se torne um problema, a meta é conceder espaço a cada aliado de acordo com o seu tamanho e potencial político. Esse jogo de articulação na esfera política, Ibaneis Rocha demonstra que já aprendeu.
Secretariado vai aumentar ou diminuir
Em meio a tanto ti-ti-ti e blá-blá-blá sobre a composição do novo governo, muita gente vem tentando descobrir se Ibaneis Rocha vai aumentar ou diminuir o seu secretariado. A dúvida tem sido debatida nos bastidores pelo fato do emedebista ter vencido o pleito no primeiro turno e acabou escapando das garras dos ‘aliados’ que torciam para um eventual segundo turno com o objetivo de valorizar o passe na hora de sentar-se à mesa para fechar ou consolidar o apoio ao projeto de reeleição. Como a situação ficou favorável para Ibaneis, resta saber o que ele vai fazer. Os trabalhos da comissão de transição devem sinalizar quais são os planos de Ibaneis Rocha nesse sentido.
Iolando pode ir para o GDF
Quem surge no cenário como um dos nomes a ir para o GDF é o deputado distrital reeleito pelo MDB, Iolando. O parlamentar teve um crescimento expressivo nas últimas eleições conquistando a vaga como primeiro do partido e durante a campanha se aproximou mais do governador Ibaneis. As chances de Iolando compor o secretariado do próximo governo são grandes. No atual mandato, Iolando tem uma composição política com Ibaneis. Pode ser que para o próximo governo, essa parceria seja ampliada. Caso a ida de Iolando se confirme, o ex-distrital Cristiano Araújo, que ficou como primeiro suplente do MDB, retornará para a CLDF.
Arlete passou o bastão e elegeu Gabriel Magno
Conforme anunciado nesta coluna, a deputada distrital Arlete Sampaio, do PT, não concorreu à reeleição neste ano e vai deixar a vida pública. A parlamentar, que já foi vice-governadora do DF, distrital por três mandatos e secretária do GDF, está saindo de cena deixando como marca de sua despedida, um gesto de muita grandeza, pois se prontificou a passar o bastão e a fazer o seu sucessor dentro de seu próprio grupo político. Arlete participou ativamente na campanha para eleger o seu chefe de gabinete, Gabriel Magno. O escolhido por Arlete e seu grupo teve um bom desempenho nas urnas e foi eleito com mais de 18 mil votos, chegando a desbancar candidatos mais experientes.
Rollemberg perdeu nas urnas e no tapetão
O ex-governador do DF, Rodrigo Rollemberg, do PSB, parece que não se cansa de perder. Os últimos pleitos disputados por ele não obtiveram os resultados almejados. Rollemberg perdeu para Ibaneis em 2018. Neste ano, não conseguiu se eleger deputado federal, cargo que já ocupou. Insatisfeito com o resultado das urnas, o pessebista resolveu questionar a própria Justiça Eleitoral. Para ele e seus advogados, a última vaga a ser preenchida na bancada de deputados federais do DF eleitos para o próximo ano deveria ser dele e não de Gilvan Máximo, do Republicanos.
A defesa de Rollemberg apresentou argumentos frágeis e sem embasamento, além de requerer que a legislação vigente não fosse considerada válida. O desembargador Mario-Zam Belmiro Rosa, relator do caso, manteve o resultado da eleição e teve seu voto acompanhado pelos demais desembargadores.
Rollemberg entra para a história como o político que perdeu a eleição duas vezes neste ano. A primeira derrota lhe foi aplicada pelo povo nas urnas. E a segunda foi no tapetão. Quem sabe agora ele não se cansa e pare de insistir em continuar perdendo na política.
E o Gilvan Máximo, que não tem nada a ver com o esperneio de Rollemberg, já está pronto para posse do milagre em sua vida.
Frases do Fino
“Eles participaram de todos os governos do PT e irão participar desse também”, afirmou Vigilante sobre o ingresso do Republicanos na base do governo Lula.
* José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral e trabalhou em diversos órgãos públicos (GDF/CLDF/Câmara/Senado) e iniciativa privada. É editor-chefe, analista político e colunista do portal Expressão Brasiliense. É o atual presidente da ABBP – Associação Brasileira de Portais de Notícias.
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