José Fernando Vilela 
Alta rejeição de Arruda sinaliza que o povo se cansou do seu ‘migué’ em ano eleitoral
Os resultados das últimas pesquisas eleitorais para o GDF em 2026 mostram que o ex-governador José Roberto Arruda continua com o filme queimado com o eleitor brasiliense. A alta rejeição registrada nas sondagens recentes indica que o povo do DF se cansou do seu velho “migué” em ano eleitoral.
Desde que foi parar na cadeia, acusado de comandar o famoso “Mensalão do DEM”, um esquema de corrupção com contratos irregulares e propina para parlamentares, Arruda tenta voltar à cena política com o mesmo discurso de sempre: “já paguei pelos meus erros”, “sou inocente”, “estou livre”. É o velho blá-blá-blá reaproveitado em cada eleição.
Nas campanhas de 2014, 2018 e 2022, o ex-governador apostou na mesma ladainha. A diferença é que agora, com o poder das redes sociais, ele tenta vender uma nova versão de si mesmo e até que se adaptou bem aos tempos digitais. Só que quem conhece sua trajetória, não compra mais essa lebre.
O problema é que Arruda continua inelegível. Sua volta ao Buriti depende de decisões no Congresso, que tem que derrubar os vetos de Lula à Lei da Ficha Limpa, e também da Justiça. Para piorar, ele acumula processos, incluindo uma condenação confirmada pelo STJ no caso Linknet, empresa envolvida no esquema de corrupção.
As pesquisas deixam claro que o povo não esqueceu de suas mentiras e trapaças. Quem quiser refrescar a memória, basta digitar “José Roberto Arruda escândalos” no Google ou no ChatGPT. A ficha do homem é mais suja que pau de galinheiro. E, ao assistir aos vídeos da época, fica evidente quem é o ex-governador.
É verdade que Arruda deu contribuições importantes ao DF, mas tudo graças a Joaquim Roriz, a quem ele traiu e enfrentou nas urnas em 1998 e perdeu. Arruda tenta esconder essa derrota de sua biografia. E se conseguir concorrer novamente, provavelmente, conforme apontam as pesquisas, o ex-governador pode ser atropelado pela “Leoa”, que também é cria de Roriz.
Nos bastidores, aliados admitem que a situação jurídica de Arruda é quase irreversível e que ele seguirá com o teatro eleitoral até a campanha. Mas o eleitor brasiliense parece imune ao seu “migué”. Afinal, será que alguém realmente acredita que ele pode voltar a controlar o cofre que já saqueou, como nos mostrou Durval Barbosa?
Analistas políticos avaliam que Arruda já teve seu tempo. Sua insistência em voltar à política tem afastado até antigos aliados, após ataques descontrolados a quem antes o apoiava. Quando a ficha cair, pode ficar ainda mais isolado e o que fez de bom, graças a Roriz, será para sempre ofuscado pelo esquema de corrupção que comandou.
Como diria Machado de Assis, em Quincas Borba (1892): “Em política, não se perdoa nem se esquece nada.”
E os números das pesquisas confirmam: o povo brasiliense não esqueceu as cenas de Arruda e companhia enchendo as burras com o dinheiro público durante o seu governo.
Sandro Avelar quer DF no topo do ranking da segurança: “Vamos ser a capital número 1 em segurança do Brasil”
Considerada uma das cidades mais seguras do país, Brasília quer chegar ao topo do ranking nacional de segurança. A meta é do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, que em entrevista ao programa Fala Aí, na rádio JK FM, destacou as ações de combate ao crime organizado.
Delegado da Polícia Federal, Avelar afirmou que as forças de segurança do DF estão preparadas e têm impedido a instalação de facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho. “Aqui eles não se criam. Não há lugar no DF onde as forças de segurança não entrem, diferente do que ocorre no Rio de Janeiro. Vamos para cima mesmo”, disse.
Avelar é o principal articulador da integração entre as corporações, o que reduziu a criminalidade e aumentou a sensação de segurança no DF. “Não vamos medir esforços para que Brasília ocupe o topo do ranking. Vamos ser a capital número 1 em segurança do Brasil”, reforçou o secretário.
Fraga corta para os dois lados e dá chilique ao perder cargos
Na política, quem não tem lado acaba ficando sem chão ou sem cargos. E parece que o deputado federal Alberto Fraga (PL) ainda não aprendeu essa lição. Mesmo sendo crítico contumaz ao Buriti, mantinha alguns cargos no GDF para abrigar aliados.
Mas, após declarar apoio público ao ex-governador Arruda nas redes sociais, Fraga viu seus indicados serem exonerados. O parlamentar esperneou, deu chilique, xingou meio mundo de gente e prometeu se vingar. Agora resta saber o que será de seus apadrinhados que perderam os cargos por causa do “migué” de Arruda.
Rogério Ulysses prepara retorno à política
Depois de um tempo afastado da política, o ex-distrital Rogério Ulysses quer voltar para a vida pública. E ele já chegou chegando. Na última sexta (7), Rogério reuniu lideranças de São Sebastião que apoiam o seu retorno e o ex-parlamentar mostrou que ainda é muito forte na cidade e nas regiões adjacentes. A passagem de Rogério Ulysses pela CLDF ficou marcada pelos inúmeros avanços e conquistas que ele viabilizou para a região administrativa, o que faz com o ex-distrital mantenha uma base de apoiadores muito sólida até hoje.
Nos bastidores, o ex-parlamentar, que está sem partido, vem sendo cortejado por lideranças partidárias para ingressar em suas legendas. Quando se elegeu em 2006, Rogério Ulysses foi um dos destaques nas urnas daquela eleição por ter tido uma votação bastante expressiva na região. A expectativa para o retorno do ex-distrital é grande e até o início da campanha a rede de apoiadores deve crescer ainda mais.
O próximo passo será escolher o partido certo. Rogério Ulysses ressurge no cenário político com força para ser o mais votado de São Sebastião no ano que vem.
‘Rogerinho’ x ‘Rogerão’: quem vai ganhar em São Sebastião?
Quem não deve estar gostando dessa movimentação é o distrital Rogério Morro da Cruz (PRD). A cidade de São Sebastião já comenta o confronto inevitável entre Rogério Ulysses e Rogério Morro da Cruz.
Com o aumento populacional da região, há quem diga que há votos suficientes para eleger os dois. Por enquanto, a disputa promete ser das boas. Só saberemos o resultado quando as urnas se abrirem em 4 de outubro de 2026. De uma coisa, ninguém duvida: São Sebastião terá ao menos um representante na CLDF ou, quem sabe, dois.]
Frase do Fino
“Já foi o tempo em que o povo apostava em políticos do ‘rouba, mas faz’ como Arruda. Não é possível que o eleitor de Brasília vai dar créditos para ele e sua turma voltar a nos roubar”, Alessandro Torres, morador da Asa Norte.
Mistério da Semana
Qual é o político “gigolô” que anda dizendo pelos corredores da Câmara dos Deputados que vai abandonar a política para cuidar das fazendas de sua amada? Qual é? Qual é? Qual é? Mistéééério…
*José Fernando Vilela é jornalista com especialização em marketing político e eleitoral. Tem ampla experiência em órgãos públicos, na iniciativa privada e em entidades representativas. É editor-chefe e colunista do Expressão Brasiliense e apresenta o podcast Café Expressão, com entrevistas e análises sobre política e sociedade. Apresenta o programa Fala Aí, na JK FM 102,7, aos sábados a partir das 6h da manhã.
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