Expressão Brasiliense
Assim que começou o programa Fantástico, da Rede Globo, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) divulgou um vídeo em seu canal no YouTube intitulado “Desafio a Globo a pagar sua dívida com a sociedade”. A emissora fez chamada especial, durante toda a programação do domingo (08), para uma matéria sobre a vida do agora parlamentar e youtuber que produzia vídeos nos Estados Unidos oferecendo lucro rápido em negócios e investimentos que tinham o deputado como cabeça. O problema é que os supostos investidores alegam não ter recebido o que fora prometido por Miranda. As cifras são milionárias.
A Globo entrevistou 25 supostas vítimas do deputado. Desses, 11 aceitaram participar da reportagem, mas apenas dois mostraram a cara. Os demais alegaram que têm medo do que o parlamentar possa fazer contra eles. A matéria aponta que Luís Miranda deu golpes tanto no Brasil como nos EUA.
Como Luís Miranda se define como um showman e homem de negócios da plataforma Youtube, ele resolveu adotar uma tática um tanto quanto arriscada. No vídeo divulgado por Miranda, o parlamentar quis dar uma dura no repórter da Globo questionando porque a emissora não quitava sua dívida em relação a impostos. O deputado resolveu atacar o grupo de comunicação insinuando que há um movimento para desconstruir e desestabilizar a gestão do presidente Bolsonaro o qual a Globo participa. O vídeo encerra com a célebre frase “Isso a Globo não mostra”.
Apesar do esforço de Luís Miranda em disseminar sua versão da entrevista para a Globo, seu vídeo até então teve pouco acesso. Já a matéria do Fantástico, arranhou a já desgastada imagem do deputado, uma vez que se trata da campeã de audiência no Brasil. Para sanar os problemas, Miranda disse que, a partir desta segunda-feira (09), todo seu patrimônio está à venda para quitar suas dívidas. Resta saber, até onde vai o desgaste dos supostos golpes aplicados e quem terá mais audiência: Luís Miranda ou a Rede Globo.
Confira abaixo o vídeo do deputado Luís Miranda
Confira a matéria do Fantástico
Por José Fernando Vilela
