O Brasil perdeu nesta sexta-feira, 8 de agosto, um de seus maiores ícones do samba. Arlindo Cruz, cantor, compositor e instrumentista, morreu aos 66 anos, no Rio de Janeiro. O artista enfrentava graves sequelas de um AVC isquêmico sofrido em 2017 e estava internado desde março para tratar uma pneumonia agravada por uma bactéria resistente.
Em comunicado nas redes sociais, a família descreveu Arlindo como “um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos”. A nota ainda ressaltou que “sua voz, suas composições e seu sorriso permanecerão vivos na memória e no coração de milhões de admiradores”.
A luta contra as sequelas do AVC
O AVC que mudou a vida do sambista ocorreu em março de 2017, enquanto ele tomava banho. Arlindo foi socorrido e levado para um hospital particular na zona sul do Rio de Janeiro, mas perdeu parte dos movimentos e teve a fala comprometida. Apesar das limitações, familiares afirmavam que ele ainda interagia e compreendia o que se passava ao seu redor. Desde então, passou por diversas internações devido à saúde fragilizada.
Em julho de 2025, Babi Cruz, esposa do cantor, revelou que Arlindo já não respondia mais a estímulos e estava “cada vez mais distante”.
Trajetória e contribuição para o samba
Nascido no Rio de Janeiro em 1958 e criado no bairro de Madureira, eternizado na música Meu Lugar, Arlindo Cruz cresceu em um ambiente musical. Filho de Aracy Marques da Cruz e Arlindo Domingos da Cruz, ambos ligados a rodas de samba, recebeu o primeiro cavaquinho ainda na infância.
Aos 15 anos, mudou-se para Barbacena (MG) para estudar na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, mas nunca abandonou a música. De volta ao Rio, passou a frequentar as rodas do bloco Cacique de Ramos, onde conheceu nomes como Beth Carvalho, Jorge Aragão e Sombrinha, seu parceiro de composições por décadas.
Como compositor, Arlindo Cruz emplacou sucessos que marcaram gerações, como Grande Erro (Beth Carvalho) e Novo Amor (Alcione). Sua carreira inclui ainda parcerias com diversos artistas e um repertório que se tornou referência no samba brasileiro.
Legado eterno
Arlindo Cruz deixa um legado imenso para a cultura brasileira, sendo lembrado por sua humildade, paixão pela arte e capacidade de traduzir em música a alma do povo. Sua obra segue viva e continuará inspirando novas gerações de sambistas e amantes da música popular.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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