• 21 de novembro de 2024

RACHA NO PT-DF | Disputa de poder entre dirigentes locais pode levar executiva nacional da legenda a apoiar candidato de outro partido ao GDF

O lançamento da pré-candidatura da sindicalista Rosilene Côrrea ao Buriti pelo PT, no dia 13 de dezembro de 2021, não agradou a militância petista do Distrito Federal que apoia o ex-deputado e ex-secretário de Habitação, Geraldo Magela, que manifestou o desejo de concorrer ao GDF pelo partido antes de se falar no nome da professora. Diante dessa briga interna, a executiva nacional do PT está cogitando apoiar um nome de outro partido para garantir palanque na capital para o ex-presidente Lula.

Mesmo sendo um petista histórico e ocupando o cargo de vice-presidente do atual diretório regional do partido no DF, Magela vem sendo rejeitado pelos demais ‘companheiros’.

Segundo um ‘petista de carteirinha’, a direção do PT no DF já sinalizou que não quer o ex-deputado como candidato do partido ao GDF.

“Os sinais são bem claros e caso venha a ter uma prévia entre Magela e Rosilene, mesmo ele tendo a simpatia da militância como ele diz por aí que tem, o ex-deputado perde”, garantiu o petista ao Expressão Brasiliense.

Já interlocutores de Geraldo Magela comentam pela cidade que a ideia de barrar a candidatura do ex-parlamentar está sendo arquitetada pela direção do partido com o apoio dos distritais Chico Vigilante e Arlete Sampaio e da deputada federal Érika Kokay.

“Os ‘companheiros’ estão fazendo isso a serviço de alguém de fora do partido que tem interesse direto em disputar o GDF contra Rosilene, que é o governador Ibaneis Rocha. O próprio Ibaneis declarou recentemente numa entrevista que quer enfrentar Rosilene”, acusou um apoiador de Magela.

Recentemente, o distrital Chico Vigilante declarou ao portal de notícias, Radar DF, que Rosilene “conta com o meu apoio e conta com a maioria no partido”. Já as deputadas Arlete e Érika têm evitado tratar do assunto publicamente.

Como essa guerra interna poder enfraquecer ainda mais o partido no DF, petistas da executiva nacional já avaliam a possibilidade de apoiar um candidato de outra legenda na corrida ao Buriti caso o impasse entre os ‘companheiros’ da capital não seja sanado, pois o objetivo maior do PT é garantir palanque ao ex-presidente Lula que, ao que tudo indica, deve concorrer ao Palácio do Planalto neste ano.

Uma decisão final sobre o imbróglio poderá ser definida no final de março pela executiva nacional, que é quando o PT deve lançar a candidatura de Lula e anunciar os candidatos que concorrerão aos governos estaduais tendo o ex-presidente como cabo eleitoral de luxo.

Até lá, muita água vai passar por debaixo da ponte aqui no DF e o jogo de cabo de guerra entre os petistas deve continuar sangrando um dos partidos que costumava disputar uma eleição na capital federal com pelo menos 30% da preferência do eleitorado e que no último pleito para o GDF em 2018 só conseguiu obter 4,01% dos votos válidos com Júlio Miragaya. Ou seja, o que está ruim, pode ficar pior ainda.

Foto: Reprodução/Instagram

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