Antigos antagonistas na política nacional, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin se encontraram publicamente na noite de domingo, 19, pela primeira vez desde que ambos começaram a negociar uma aliança para disputar as eleições de 2022.
Organizado pelo Prerrogativas, grupo de advogados antilavajatistas, o “Jantar pela Democracia” deve reunir cerca de 500 convidados, incluindo governadores, presidentes de partidos e mais dois presidenciáveis, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
O ex-presidente e o ex-governador apareceram em fotos publicadas nas redes sociais. Eles se cumprimentaram e depois se dirigiram a um local mais reservado no restaurante onde é organizado o jantar.
Também estavam presentes no encontro os ex-prefeitos de São Paulo Fernando Haddad e Marta Suplicy, além do ex-governador paulista Márcio França.
Depois de sair na semana passada do PSDB, partido do qual foi fundador, Alckmin tem sido apontado como possível candidato a vice-presidente na chapa petista.
Lula atualmente lidera as pesquisas para a Presidência e ganharia no primeiro turno se a eleição fosse agora, de acordo com Datafolha e Ipec.
O ex-tucano, por sua vez, é o nome preferido pelos paulistas para o governo estadual, segundo pesquisa Datafolha divulgada no sábado.
Alckmin já recebeu convites para filiação ao PSD e ao Solidariedade, mas estuda entrar para o PSB, partido que recentemente acolheu o governador do Maranhão Flávio Dino e o deputado federal Marcelo Freixo.
O parlamentar fluminense é pré-candidato de seu partido ao governo do Rio. Mais cedo no domingo, ele se encontrou com Alckmin para um café. No Estado, o apoio do PT a Freixo já está bem encaminhado — mas petistas e socialistas ensaiam uma aliança nacional.
Uma das peças do tabuleiro é o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB), também presente no jantar. Aliado de Alckmin, ele tem dito que o acordo entre os dois partidos depende da desistência da candidatura do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) ao governo paulista.
Com informações adaptadas da Agência Estadão Conteúdo
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