Duas pesquisas de intenções de voto para presidente divulgadas nesta segunda-feira (17/9) apontam a consolidação de Jair Bolsonaro (PSL) na frente da corrida eleitoral e a rápida ascensão de Fernando Haddad (PT) desde que foi confirmado como candidato de seu partido.
Em menos de uma semana, Haddad pulou das últimas colocações em diferentes levantamentos para o segundo lugar, indicando uma capacidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva transferir votos ao seu escolhido. Se as eleições fossem hoje, o resultado mais provável seria um segundo turno entre o capitão reformado do Exército e o ex-prefeito de São Paulo.
No levantamento feito pela MDA a pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Bolsonaro aparece com 28,2% e Haddad, com 17,6%, quase sete pontos percentuais à frente do terceiro colocado, Ciro Gomes (PDT), que registra 10,8%.
Esta é a primeira pesquisa CNT/MDA realizada após a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputa, depois deste ter sua candidatura impugnada pela Lei da Ficha Limpa, e da substituição por Haddad. Por isso, é impossível comparar a evolução dos candidatos, uma vez que, na mosra anterior, Lula liderava com 37,3% e Haddad não era apresentado como opção aos entrevistados. Também é a primeira pesquisa CNT/MDA feita após o atentado contra Bolsonaro.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, está em quarto lugar, com 6,1%, seguido por Marina Silva (4,1%), da Rede, João Amôedo (2,8%), do Novo, Alvaro Dias (1,9%), do Podemos, e Henrique Meirelles (1,7%), do MDB. Os demais candidatos não atingiram 1% das intenções de voto. Outros 13,4% disseram que votariam branco ou nulo e 12,3% afirmaram ainda estarem indecisos.
Outro levantamento
Um pouco mais cedo, levantamento da FSB/BTG Pactual apontou um cenário semelhante. Nessa pesquisa, que é feita por telefone é tem uma precisão menor, Bolsonaro aparece com 33% das intenções de voto, alta de 3 pontos percentuais se comparado com o último levantamento. Haddad também avança, de 8% para 16%, tecnicamente empatado com Ciro, que tem 14%. Em seguida, vêm Alckmin (6%), Marina (4%) e João Amoedo (4%).
A pesquisa foi feita por telefone com 2 mil eleitores com idade a partir de 16 anos, nas 27 unidades da federação. A margem de erro é de dois pontos percentuais. O levantamento foi realizado entre 15 e 16 de setembro.
Matéria do site do Correio Braziliense
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