Nesta quarta (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) oficializou sua mais recente reforma ministerial. A edição do Diário Oficial da União (DOU) de hoje traz a nomeação do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), líder do Centrão, como ministro-chefe da Casa Civil, a migração do general Luiz Eduardo Ramos, que comandava a pasta do récem-chegado Ciro para a Secretaria-Geral da Presidência e a recriação do Ministério do Trabalho e Previdência, que será comandada pelo deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que estava na Secretaria-Geral.
As movimentações do presidente já eram esperadas diante a sua queda de popularidade revelada nas últimas pesquisas divulgadas. A nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil, o coração do governo, é uma aposta do presidente Bolsonaro para manter o apoio político do Centrão e evitar uma possível abertura de processo de impeachment no Congresso.
As denúncias de corrupção em seu governo e o desgaste sofrido pelo andamento das investigações da CPI da Covid ligou o alerta para a cúpula do Planalto. A chegada de Ciro Nogueira também simboliza a confirmação do casamento entre Bolsonaro e o Centrão. Há quem diga que o presidente possa até se filiar ao PP do senador.
Com as mudanças, chega a quatro o número de ministérios ocupados por partidos do Centrão. O bloco também tem os deputados João Roma (Republicanos-BA) na Cidadania, Fábio Faria (PSD-RN) nas Comunicações e Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo.
Antigo aliado de Lula
Antes da união entre Bolsonaro e o Centrão, Ciro era aliado do PT. Durante a corrida presidencial de 2018, ele se queixou da ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, chegou a dizer que estaria com o petista “até o fim” e chamou Bolsonaro de fascista. Piauiense, o novo ministro tem apelo eleitoral no Nordeste e pode ajudar o governo a se aproximar daquela região.
Da Redação com informações da Agência Estadão Conteúdo
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