O ato bolsonarista em defesa da anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro transformou a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, num verdadeiro palanque político para Michelle Bolsonaro. Sob a batuta do pastor Silas Malafaia, o evento reuniu centenas de apoiadores que misturaram fé, indignação e ambição eleitoral.
Mas o grande destaque — e motivo de burburinho nos bastidores — foi o discurso inflamado da ex-primeira-dama, que vem ganhando cada vez mais protagonismo no PL Mulher e, discretamente, testando sua popularidade para uma possível candidatura ao Palácio do Planalto em 2026.
Discurso contra Lula e defesa de Israel
Em tom firme, Michelle partiu para o ataque contra o governo Lula, acusando o Planalto de “condenar Israel e se aliar a terroristas que assassinam mulheres, gestantes e gays”. A fala arrancou aplausos de apoiadores e vaias de um pequeno grupo contrário, ao que a ex-primeira-dama respondeu sem pestanejar:
“Vocês estão do lado do mal.”
O recado foi claro: Michelle quer marcar território no campo conservador — e com linguagem direta ao público evangélico, sua principal base de apoio.
Anistia e defesa de Bolsonaro
Michelle também se posicionou firmemente em defesa da anistia aos condenados do 8 de janeiro, afirmando que o perdão “é constitucional” e que “só uma anistia vai trazer paz pro nosso país”.
Entre aplausos, não faltou espaço para defender o marido, Jair Bolsonaro, condenado por tentativa de golpe de Estado:
“Ele não cometeu nenhum crime nem roubou velhinhos”, ironizou, numa cutucada ao governo petista e às acusações contra ex-gestores.
Ato com tom religioso e político
A manifestação contou com figuras simbólicas da militância bolsonarista, como Débora Rodrigues dos Santos, conhecida por escrever com batom na estátua em frente ao STF. O encerramento teve orações comandadas por Malafaia e discursos inflamados de parlamentares que reforçaram o pedido de anistia e o sentimento de “perseguição” contra a direita.
Nos bastidores, entretanto, a leitura foi outra: Michelle Bolsonaro se consolida como o nome mais viável da família para disputar o Planalto. Enquanto Jair enfrenta restrições jurídicas e políticas, a ex-primeira-dama avança com popularidade intacta e discurso afinado com o eleitorado conservador.
O “plano Michelle” em marcha
O PL já percebeu o potencial do “plano Michelle”. Sua imagem pública, mais leve e menos desgastada que a do marido, agrada à ala que sonha em ver o bolsonarismo com rosto feminino nas urnas. Nos corredores de Brasília, a aposta é clara: se Jair não puder, Michelle será o nome do bolsonarismo em 2026 — e o ato pela anistia foi apenas o primeiro passo dessa construção.
Foto: Reprodução/Google Imagens
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