• 2 de dezembro de 2025

Leila do Vôlei acusa governo Lula de blindar ‘peixões’ na CPMI do INSS

A senadora Leila do Vôlei (PDT-DF) usou as redes sociais nesta sexta-feira (17) para criticar a blindagem articulada pelo governo Lula na CPMI do INSS, que teria o objetivo de impedir a convocação do irmão do presidente, Frei Chico, e de outros “peixões”, como a parlamentar definiu os protegidos pela base governista.

Depois de trair o presidente de seu partido, o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, sendo uma das autoras do requerimento que o fez depor na CPMI, Leila demonstrou indignação com a manobra dos aliados do governo petista.

No vídeo publicado, que inicialmente seria uma resposta a uma suposta polêmica em que Leila aparece no plenário da CPMI chamando o senador Jorge Seif (PL-RJ) de “vagabundo”, a ex-atleta acabou transformando o conteúdo em um desabafo contra a proteção dos peixões.

A senadora se orgulha de ter assinado o requerimento de criação da CPMI e de ter convocado o presidente de seu próprio partido para prestar esclarecimentos.

“Eu assinei a CPMI. Eu apresentei o requerimento convocando o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, que esteve na CPMI”, destacou a pedetista.

Na sequência, Leila questiona: “E cadê os peixões?”

A dúvida da senadora é se esses “peixões” incluem Frei Chico, irmão do presidente Lula, que ocupa cargo de direção em uma das entidades investigadas pela comissão.

Leila ainda reforça que “temos muitos outros peixões, muitos ex-ministros, inclusive alguns que estão aqui no Senado, que não foram chamados”.

A atitude de Leila do Vôlei acendeu um alerta no Palácio do Planalto, já que a senadora é considerada integrante da base governista, mas tem agido como se fosse uma das soldadas de Jair Bolsonaro.

Nos bastidores, aliados da esquerda comentam que a ex-atleta pode estar “virando a casaca” ou apenas tentando aparecer para o eleitorado, já que pesquisas recentes no Distrito Federal apontam que Leila do Vôlei enfrenta dificuldades para se reeleger em 2026.

Resta saber se a senadora seguirá sendo uma das candidatas de Lula aqui na capital no ano que vem, depois de jogar para a plateia e deixar o governo em maus lençóis.

Sem o apoio do presidente e sua turma, Leila do Vôlei não chega a lugar nenhum. A pergunta que não quer calar: o petista vai fingir que nada aconteceu e apoia-lá ou deixará a ‘companheira’ de fora de seu time?

Assista abaixo o vídeo publicado pela senadora:

Posição da Senadora Leila

A assessoria da senadora Leila do Vôlei entrou em contato com o Expressão Brasiliense neste sábado (18) se manifestando sobre o assunto.

De acordo com a nota, no vídeo em questão, Leila se refere a “blindagem de nomes importantes” que a presidência da CPMI do INSS se nega a marcar a data do depoimento.

Leila também afirma “que defende a convocação de todos os responsáveis, sem distinção de governo”.

No entanto, a senadora não menciona porque ela votou conforme a orientação do governo Lula que era contra a convocação do irmão do presidente do petista.

O nome de Leila do Vôlei consta na relação dos parlamentares da CPMI que votaram para não convocar Frei Chico.

Veja abaixo a íntegra da nota da senadora Leila:

Nota de Esclarecimento – CPMI do INSS

A senadora Leila Barros (PDT-DF) esclarece que o vídeo publicado em suas redes sociais não tem qualquer relação com ataques ao governo federal, como equivocadamente insinuou a matéria publicada nesta sexta-feira (17).

Na gravação, a senadora se refere à blindagem de nomes importantes, como ex-ministros da Previdência, cujos requerimentos de convocação já foram aprovados pela CPMI, mas que até o momento não tiveram data marcada pela presidência da Comissão para prestarem depoimento.

Em sua manifestação, Leila defendeu o cumprimento do plano de trabalho aprovado, que determina a oitiva, em ordem cronológica, de todos os ministros e ex-dirigentes do INSS envolvidos nos períodos investigados, para garantir que as investigações sejam completas e que o relatório final reflita a verdade dos fatos.

A parlamentar reafirma que defende a convocação de todos os responsáveis, sem distinção de governo, e que não se furtará de votar pela convocação de qualquer pessoa, desde que os nomes já aprovados sejam ouvidos antes.

Leila Barros é autora do requerimento que convocou o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, presidente do seu próprio partido, o PDT. A parlamentar também foi uma das que assinou o requerimento de criação da CPMI.

A senadora lamenta que parte de parlamentares da CPMI tenha a transformado em palco de autopromoção, mais preocupados em produzir cortes para as redes sociais do que em cumprir o verdadeiro propósito da Comissão: fazer justiça às vítimas e responsabilizar todos os culpados pelas fraudes bilionárias contra a Previdência Social.

Foto: Reprodução/YouTube


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