O ex-governador Joaquim Roriz foi internado nesta terça-feira (20/3), no Hospital Home, na Asa Sul. A assessoria do político disse que ele sentiu-se mal pela manhã. Devido ao recente quadro debilitado, a família preferiu levá-lo ao hospital.
Segundo pessoas próximas, desde a segunda-feira (19), o ex-governador não passa bem. Ele amanheceu o dia com vômitos e chegou-se a suspeitar de gastrite ou pneumonia.
No mês passado, por decisão judicial, o político deixou de responder ao processo que trata de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o Edifício Monet, em Águas Claras. O juiz substituto a 2ª Vara Criminal de Brasília, André Ferreira de Brito, homologou o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que atestou a insanidade mental de Joaquim Roriz.
De acordo com o laudo, o ex-governador tem síndrome demencial, de etiologia mista, Alzheimer e vascular, em estágio grave, com intensa repercussão sobre sua autonomia. O exame atestou que o ex-governador não tem compreensão da denúncia de corrupção contra ele.
Amputação
Em agosto de 2017, o Metrópoles revelou que Roriz precisou amputar dois dedos do pé direito por causa do agravamento de sua diabetes. O político voltou ao hospital 11 dias depois e, dessa vez, teve a perna direita amputada na altura do joelho.
O ex-governador luta, com o apoio da família, para controlar o avanço da doença. Ele também é paciente renal crônico e tem diagnóstico de
Em novembro de 2015, o ex-governador ficou quase uma semana internado após um quadro de hipertensão e taquicardia e precisou fazer um cateterismo, o qual não identificou nenhum problema de saúde além dos já conhecidos.
O patriarca da família Roriz governou o DF por 14 anos. Em 2006, foi eleito senador. Iniciou o mandato em 2007 e renunciou após cinco meses para escapar de um eventual processo de cassação devido ao escândalo da Bezerra de Ouro.
Esquizofrenia
Recentemente, Roriz foi avaliado por junta médica que atestou piora em suas funções mentais. Como o diagnóstico ocorreu em um momento pré-eleitoral e todas as herdeiras diretas estão praticamente inelegíveis, o grupo político do ex-governador começou a ruir.
Os representantes de Roriz em articulações passaram a perder credibilidade e força proporcionalmente ao avanço da doença do ex-governador. Quando algum aliado ou pessoa próxima percebia os sintomas, familiares logo afirmavam que se tratava de um efeito colateral do excesso de medicamentos.
Sem condições de eleger alguma de suas filhas como herdeiras naturais, começam a surgir outros nomes, como o do sobrinho Dedé Roriz, que tenta abocanhar fatia do espólio eleitoral do ex-governador. Filho de Jaqueline, Joaquim Roriz Neto é estimulado pela mãe para concorrer a um cargo eletivo. Nas últimas eleições, no entanto, o rapaz, que a substituiu na busca por uma cadeira na Câmara dos Deputados, conseguiu apenas a suplência pelo PMN.
Também no mês passado, rumores de começou a circular no meio político a notícia de que o estado de saúde do ex-governador havia piorado e ele não resistira. Imediatamente, familiares e pessoas próximas ao ex-governador começaram a receber uma enxurrada de ligações em busca de informações sobre Roriz.
Quem desfez o mal-entendido foi a filha do meio do político, Jaqueline Roriz. Depois de quase uma hora que o boato começou a circular no bastidor, ela tranquilizou amigos e correligionários do ex-governador: o pai passava bem e repousava em casa.
Matéria do site Metrópoles
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