Correndo contra o tempo, o governador do DF, Ibaneis Rocha, do MDB, vai recorrer ao relator do projeto de lei do arcabouço fiscal no Senado Federal, o senador Omar Aziz, do PSD-AM, na tentativa de sensibilizá-lo a ajudar a capital federal e retirar a ‘emenda jabuti’ apresentada pelo deputado Cláudio Cajado, do PP-BA, que estabelece um teto de crescimento do Fundo Constitucional do DF, o que implica em perdas de recursos ao longo dos anos. O encontro entre Ibaneis e Aziz está previsto para terça-feira (30).
A reunião deve também ser acompanhada por parlamentares da bancada do Distrito Federal no Congresso Nacional. Esse encontro com Omar Aziz é fundamental para que o governador Ibaneis possa expor ao senador a importância da manutenção da legislação do Fundo Constitucional da forma que se encontra. Pelas projeções do GDF, num período de 10 anos, o fundo pode deixar de receber até R$ 87 bilhões.
Em entrevista à imprensa na tarde de domingo (28), enquanto acompanhava a missa de celebração da Festa de Pentecostes, no Taguaparque, Ibaneis Rocha declarou que vai concentrar esforços nos próximos dias no trabalho de convencimento junto aos senadores.
“Nós vamos agora buscar os senadores, a partir do relator, para que a gente consiga reverter essa questão”, afirmou o governador.
Próximo de Pacheco
Depois da traição de Cajado, num complô silencioso bem armado com o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira, que também é do PP, como o parlamentar representante da Bahia, Ibaneis Rocha deve também pedir ajuda ao senador Rodrigo Pacheco, do PSD-MG, que é presidente do Senado Federal.
Ibaneis e Pacheco sempre tiveram uma relação próxima. Em 2021, Ibaneis Rocha chegou a declarar que o senador teria o perfil de candidato à Presidência da República que o brasileiro precisava.
Essa proximidade do governador e do senador ocorre desde os tempos em que ambos atuaram juntos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ibaneis foi presidente da OAB-DF e Pacheco foi conselheiro federal pela seccional de Minas Gerais.
Foto: Renato Alves/Agência Brasília
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