• 6 de setembro de 2025

Entidade do Cozinha Solidária organiza atos do PT contra Bolsonaro no DF

Quem passou nos últimos dias pela portaria do Solar de Brasília — condomínio no Jardim Botânico onde Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar — viu uma estrutura montada com som, boneco inflável e distribuição de comida para manifestantes contrários ao ex-presidente.

A pergunta que ficou no ar foi: de onde vem o dinheiro para sustentar esse pessoal?

A resposta, segundo denúncias, é simples: do programa Cozinha Solidária, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS).

A organização dos atos no Solar de Brasília foi encabeçada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), entidade que apoia Lula e sua turma.

Confronto no Solar de Brasília expôs uso político do programa

Na última terça-feira (2), durante julgamento no STF, ocorreu um confronto na entrada do condomínio entre manifestantes com camisetas do MTST e apoiadores de Bolsonaro.

No calor da confusão, veio à tona a informação de que a entidade estaria usando recursos do programa social para fins políticos.

Diante das câmeras, um dos integrantes do movimento afirmou que fazia parte do Cozinha Solidária e que havia levado refeições aos companheiros que protestavam contra o ex-presidente.

Revolta entre apoiadores de Bolsonaro


A revelação causou indignação em aliados de Bolsonaro, especialmente no ativista social Adenilson Cruz, do Instituto Adenilson Cruz (IAC). Ele não poupou críticas:

“Fiquei revoltado ao saber que eles estão usando um programa social do MDS para organizar protestos com viés político. Não podemos aceitar isso”, esbravejou Adenilson.

Em entrevista ao Expressão Brasiliense, Adenilson Cruz contou que foi ao local assim que recebeu informações de que marmitas estavam sendo distribuídas por pessoas ligadas ao programa federal.

O IAC, fundado por ele, distribui diariamente cerca de 400 refeições pelas ruas do DF, sobretudo durante as madrugadas.

Porém, segundo Adenilson, a instituição está há oito meses sem receber repasses do MDS por não apoiar o governo Lula e se recusar a vincular suas ações a campanhas políticas.

“Estou devendo muito, pois não consigo parar de atender quem tem fome. Eles me chamam de ‘Tio da Marmita’. Como vou pagar essas dívidas, ainda não sei”, lamentou.

Risco de prejuízo a outras entidades

O ativista alertou que o desvio de finalidade pode prejudicar instituições sérias que dependem do Cozinha Solidária.

“Nosso instituto depende dessa verba para socorrer pessoas em situação de rua e vulnerabilidade. Como podem usar o dinheiro para evento político? Cadê o Ministério Público para investigar e descredenciar o MTST do programa?”, questionou Adenilson.

O que é o Cozinha Solidária

O programa do MDS é voltado à produção e distribuição de refeições gratuitas para pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade social, por meio de entidades credenciadas.

Atualmente, mais de 2 mil instituições participam da iniciativa. O MTST é uma delas.

O Expressão Brasiliense procurou tanto o MDS quanto o MTST para ouvir suas versões, mas até o fechamento da matéria não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Fotos: Reprodução/Google Imagens


Acompanhe o Expressão Brasiliense pelas redes sociais.

Dá um like para o #expressaobrasiliense na fanpage do Facebook.

Siga o #expressaobrasiliense no Instagram

Inscreva-se na TV Expressão, o nosso canal do YouTube.

Receba as notícias do Expressão Brasiliense pelo Whatsapp.

Read Previous

Bem avaliado em Goiás, Caiado cresce e aparece em terceiro nas intenções de voto no DF, aponta Paraná Pesquisas

error: A reprodução ou cópia deste conteúdo é proibida sem prévia autorização deste portal.