O presidente Jair Bolsonaro (PL) passou de 26% para 30% das intenções de voto na disputa pelo Palácio do Planalto sem a presença do ex-ministro Sergio Moro na disputa, reduzindo a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de 18 para 14 pontos, apontou pesquisa Ipespe divulgada nesta quarta-feira (6).
Lula lidera com os mesmos 44% da pesquisa anterior, divulgada em 25 de março, de acordo com o levantamento encomendado pela XP Investimentos, que tem margem de erro máxima de 3,2 pontos percentuais.
O ex-juiz da Lava Jato, que trocou o Podemos pelo União Brasil na semana passada e anunciou que no “momento” abria mão da pré-candidatura presidencial, tinha 9% das intenções de voto na pesquisa passada e estava em um distante terceiro lugar.
Sem ele, também oscilaram positivamente na pesquisa Ciro Gomes (PDT), que passou de 7% para 9% e agora ocupa essa terceira posição; João Doria (PSDB), que foi de 2% para 3%, e Simone Tebet (MDB), que foi de 1% para 2%.
Também os votos nulos e brancos aumentaram sem Moro na disputa, saindo de 9% no levantamento anterior para 12% agora.
Nos cenários de segundo turno, o ex-presidente Lula se manteve vencendo contra todos os principais candidatos. Em uma eventual disputa entre ele e Bolsonaro, o petista venceria por 53% a 33%.
Já o atual presidente tem vantagem numérica em apenas um enfrentamento, contra Doria. Ainda assim, o resultado mostra um empate técnico, de 39% a 38%, com 24% de votos nulos.
Bolsonaro continua com a maior rejeição entre todos os candidatos, com 61% dos entrevistados afirmando que não votariam nele em nenhuma hipótese — 2 pontos abaixo da pesquisa anterior. Doria continua como o segundo mais rejeitado, com 57% dizendo que não votariam de jeito nenhum, enquanto 43% deram a mesma resposta sobre o voto em Lula e Ciro.
A pesquisa mostrou ainda que a desaprovação do governo Bolsonaro se mantém elevada, com 63% dos entrevistados dizendo que desaprovam o governo, ante 65% no levantamento anterior.
O mesmo percentual afirma que a economia brasileira está no caminho errado, sem variação em relação à pesquisa anterior. Já o número que considera a economia no caminho certo oscilou 2 pontos para cima, chegando a 29%.
A pesquisa foi realizada com 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, nos dias 2, 3, 4 e 5 de abril.
(Agência Reuters)
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