Mesmo em período de recesso devido as festas natalinas e de fim de ano, as articulações e movimentações na política não param e o clima de pré-campanha para as eleições de 2022 já está dando ar graça antes mesmo da chegada do novo ano. Tem muita gente já declarando em quem vai votar nas próximas eleições.
Como a pauta política em Brasília esfria por esses dias até fevereiro, quando volta o Congresso a funcionar, o foco da cobertura jornalística passa a ser os pretensos candidatos à Presidência da República. As suas aparições públicas e declarações passam a ocupar as manchetes dos veículos de comunicação de todo o país.
Nesse esquenta pré-eleitoral, o ex-presidente Lula (PT) está trabalhando para viabilizar uma grande aliança partidária em torno de seu nome, enquanto que Jair Bolsonaro (PL) está de férias no Guarujá, em São Paulo, e já passou pelo constrangimento de ouvir grito de “Lula 2022” e fez graça dançando funk numa lancha acompanhado de assessores ao som da música intitulada ‘Proibidão Bolsonaro’.
A disputa presidencial do próximo ano tende a ser polarizada entre Bolsonaro e Lula, apesar de alguns apostarem numa eventual ascensão do ex-juiz Sérgio Moro. Os demais candidatos não devem ameaçar o protagonismo da batalha entre o bolsonarismo e o lulismo.
Diante das últimas movimentações, nota-se que o ex-presidente petista está tentando construir uma aliança que pode envolver partidos de centro, como o MDB e PSD. No jantar promovido em São Paulo por um grupo de advogados no último domingo (19), dirigentes de noves partidos estavam presentes e alguns inclusive posaram para foto com Lula. Entre eles estavam o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, além de outros nomes do PSB, PV, PCdoB, Rede, Solidariedade e do próprio PT.
Caso consiga consolidar essa grande aliança partidária, que ainda pode aumentar a quantidade de legendas, o ex-presidente Lula pode liquidar a fatura de forma surpreendente já no primeiro turno de acordo com os últimos levantamentos realizados.
Já o presidente Bolsonaro vem dando um tempo da pauta política. Ele teve um ano desgastante. Nem tudo saiu como planejado (e anunciado) pelo seu governo. O chefe do Planalto teve que abrir as porteiras para os partidos do Centrão saciarem a sua fome por cargos estratégicos dentro da estrutura governamental.
Talvez seja por isso que Bolsonaro tenha optado em relaxar nesses últimos dias de 2021 acompanhado de aliados como assessores mais próximos e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que ganhou a alcunha nas redes de substituto do ‘Aristides’, instrutor de judô do presidente dos tempos da academia militar e seu confidente.
Por enquanto, cabe a nós aguardar as próximas cenas. Uma coisa é certa, quem dormir no ponto, vai dançar e pode não ser o tal ‘Proibidão’. Esse navio chamado Brasil já conhece os dois comandantes resta agora saber quem o povo quer que fique na cabine de controle a partir de 2023.
Foto: Montagem/Reprodução Google Imagens