A última reunião da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF (CLDF) que investiga os atos antidemocráticos realizada nesta quinta-feira (29) ficará marcada pelo depoimento do vigilante Alan Diego dos Santos. Os distritais se irritaram com o tom de deboche do depoente durante a oitiva.
Preso por estar envolvido no atentado a bomba ao Aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro de 2022, inicialmente, Alan Diego quis usar o seu direito de permanecer em silêncio. Na sequência, o depoente começou a responder as perguntas de forma debochada, com sorriso irônico.
Enquadrado pelo presidente da CPI, deputado Chico Vigilante, do PT, Alan continuou zombando dos parlamentares. Em algumas ocasiões, Alan Diego alegou que não responderia porque o assunto não era da alçada da CLDF e sim da polícia.
Diante da resistência de Alan, Vigilante reiterou que ele poderia falar na condição de testemunha e que seu depoimento não o comprometeria criminalmente. No entanto, o depoente prosseguiu com a mesma tática. “Essa moda de ficar em silêncio está pegando”, criticou o presidente da CPI.
“Eu pedi para falar com os delegados antes de entrar aqui porque tem coisa que eu não posso falar aqui porque vocês estão filmando e eu não posso correr perigo e nem minha família”, justificou Alan Diego.
Outros deputados como Fábio Félix, do PSol, Daniel de Castro, do PL e Max Maciel, do PSol, também reprovaram o comportamento de Alan.
Depoimento fechado
Após o fim da oitiva de Alan Diego, Chico Vigilante informou que ele será convocado novamente, mas que a reunião seria fechada e não terá a presença da imprensa e nem haverá transmissão do depoimento.
“A gente percebeu que o senhor Alan dos Santos sabe de muita coisa e pode ajudar com as investigações. Nós vamos marcar um novo depoimento”, declarou o presidente da CPI.
Foto: Rinaldo Morelli/Agência CLDF
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